A tensão marcou a
A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC), que participa da ocupação do Plenário da Câmara, levou a filha de quatro meses à manifestação e causou tensão com governistas, que defendem que ela pode ser responsabilizada por usar a criança para impedir que seja retirada do local. “Fere o estatuto da criança e do adolescente, toda a legislação brasileira. É uma irresponsabilidade”, declarou a deputada petista Maria do Rosário.
Lindbergh Farias (PT) chegou a dizer que acionou o Conselho Tutelar contra a colega de Câmara. “Temos que retomar a cadeira hoje, porque se não é a vitória da ameaça, de quem usa a força”, argumentou.
“O consenso que a gente aceita é pautar a anistia. Não podemos aceitar essa posição de não pautar a anistia. Vamos lembrar aqui que Glauber Braga (PSOL) ficou lá em uma sala das comissões e não ameaçaram tirar com a Polícia Legislativa. Por que com a gente querem fazer isso?”, questionou Zanatta em conversa com jornalistas.
O deputado federal Rogério Correia (PT) afirma que há uma estratégia de “golpe permanente”. “Querem tentar calar a voz do povo, articular com o Trump para ver se desestabiliza o país social, política e juridicamente, e aí surge o golpe. Esse golpe foi tentado diversas vezes”, defendeu o parlamentar.
Correia afirmou que vai entrar “contra vários deles” no Conselho de Ética na quinta-feira (7). “É um crime contra a democracia e contra a soberania”, acrescentou.
Em meio à escalada, o deputado federal Pastor Isidório (Avante) fez uma prece na Câmara pedindo pela pacificação dos conflitos. “Queremos te pedir que tome o controle sobre essa nação. Que todo espírito de rebeldia, todo espírito de rebelião seja mandado embora”, disse.
No Senado
Em meio à obstrução da oposição,
“Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”, afirmou o senador, em nota à imprensa.
O parlamentar afirma ainda que o Senado seguirá votando matérias “de interesse da população” e cita pautas como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para certas faixas. “A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, concluiu Alcolumbre.