Rodrigo Bacellar deixa a prisão no Rio de Janeiro usando tornozeleira eletrônica

Presidente da Assembeia do Rio de Janeiro é investigado por vazar informações de uma operação contra um deputado suspeito de integrar o Comando Vermelho

Rodrigo Bacellar foi presidente da Alerj preso na última quarta-feira (3)

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), deixou a prisão na superintendência da Polícia Federal na Zona Portuária do Rio, na noite dessa terça-feira (10). O parlamentar deixou o local com uma tornozeleira eletrônica, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo os advogados de Bacellar, tão logo ele deixou a prisão, foi para casa. O presidente da Alerj havia sido preso preventivamente na última quarta-feira (3) pela PF no âmbito da Operação Unha e Carne. Bacellar é acusado de vazar informações sigilosas da Operação Zargun para o deputado estadual Thiego Raimundo (sem partido), conhecido como TH Joias, preso em setembro.

TH Joias foi detido por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, suspeito de negociar armas com a facção criminosa Comando Vermelho (CV). Ele assumiu o mandato em junho deste ano, mas perdeu o cargo parlamentar após a prisão.

Contudo, a prisão de Bacellar foi revogada por decisão da Alerj. Em respeito ao Legislativo, Moraes determinou a substituição da medida restritiva de liberdade por medidas cautelares que garantam a continuidade da investigação criminal.

Além do uso de tornozeleira, Moraes determinou ainda o afastamento de Bacellar do cargo de presidente da Alerj, além de recolhimento noturno entre 19h e 6h de segundas a sextas-feiras e recolhimento integral aos finais de semana, sempre na área da comarca do Rio de Janeiro. Bacellar também está impossibilitado de se comunicar com demais investigados.

“O descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas implicará em sua imediata revogação e decretação da prisão, nos termos do art. 312, § 1º, do CPP, bem como na aplicação de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) pelo descumprimento de qualquer das medidas cautelares fixadas”, determinou Moraes.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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