A bancada de esquerda na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) protocolou, nesta quinta-feira (6), um projeto de lei que quer instituir um plebiscito para que a privatização de serviços de água e esgoto na capital seja apreciada pela população, assim
A medida é uma resposta direta à proposta votada na Assembleia, segundo o vereador Bruno Pedralva (PT). “Se o governador não quer ouvir o povo, nós queremos ouvir o povo. E isso é muito importante pelo seguinte elemento: a água e o esgoto são uma responsabilidade dos municípios. O que os municípios fazem é conceder o direito da exploração da água e do esgoto à Copasa”, pontua.
Ele explica que o contrato de Belo Horizonte com a companhia mineira foi assinado em 2002 e termina em 2032, e prevê que, caso a empresa seja privatizada, como quer a gestão de Romeu Zema (Novo), o direito da exploração de água e esgoto volte para a capital e o contrato seja rompido.
“Isso é muito importante porque Belo Horizonte não entrar numa futura Copasa privatizada, vai impactar diretamente no interesse dos empresários, do mercado financeiro, que quer comprar a Copasa. Portanto, nós queremos ouvir Belo Horizonte, a gente propõe que esse plebiscito seja realizado na próxima eleição e que o povo de Belo Horizonte escolha se vai entregar nas mãos de uma empresa privada ou não a concessão da água e esgoto de BH”, pontuou.
Pedralva ressaltou ainda que já há nove signatários do projeto de lei e afirmou acreditar que a bancada vai conseguir um número ainda maior de apoios. “Esse projeto de lei vem como uma escuta, da população de Belo Horizonte, dos movimentos sociais, dos próprios trabalhadores da Copasa. Temos dialogado com diversos parlamentares, independente do espectro ideológico, visto que não é um projeto de esquerda, nem de direita, é um projeto democrático, que valoriza a opinião das pessoas”, define.