A defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, protagonizou um momento descontraído durante o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Ao iniciar sua sustentação oral, o advogado Cezar Bitencourt cumprimentou o ministro Luiz Fux com uma série de elogios:
“Ministro Luiz Fux, sempre saudoso, sempre presente, amoroso, simpático e atraente como são os cariocas”, afirmou o advogado.
A fala arrancou risos do plenário e levou o ministro Flávio Dino a intervir, em tom de brincadeira: “Eu quero dizer que não aceito nada menos do que isso”.
Bitencourt respondeu: “Me comprometi, mas o senhor está acima disso”, fazendo as pessoas rirem novamente.
Apesar do clima leve, as defesas apostam em Fux como um ponto de esperança, acreditando que ele possa divergir do relator Alexandre de Moraes e adotar penas mais brandas para os acusados.
O STF iniciou nesta terça-feira (2) o julgamento de Bolsonaro e outros sete aliados — Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto — acusados de liderar ou participar da suposta trama golpista.
Entre os crimes imputados estão organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e deterioração de patrimônio tombado.
No entanto, Ramagem só responde pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Isso porque como é deputado, a Câmara aprovou um pedido de suspensão penal contra o parlamentar. No entanto, a suspensão só valeu para os crimes que ele foi acusado antes de exercer o mandato de deputado.