Durante coletiva em Paris neste sábado (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a possível presença de Vladimir Putin na cúpula do Brics, marcada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, será uma decisão exclusiva do presidente russo. O evento reúne as principais economias emergentes do mundo, e a participação de Putin é incerta por causa do mandado de prisão expedido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em 2023, por crimes de guerra na Ucrânia.
“O Putin é membro nato dos Brics, é um dos fundadores. Ele foi convidado. Se ele vai vir ou não, é uma decisão dele. Ele sabe que tem um mandado de prisão, ele sabe que corre risco. Mas isso é um problema que ele vai ter que decidir. Nós convidamos todos os membros. Ele decide se quer vir ou não”, declarou Lula em conversa com jornalistas brasileiros e estrangeiros.
Como o Brasil é signatário do Estatuto de Roma, que criou o TPI, o país teria a obrigação legal de prender Putin, caso ele desembarque em território nacional. O Kremlin, por sua vez, ainda não confirmou a presença do líder russo no encontro. Em 2023, Putin se ausentou da cúpula realizada na África do Sul e foi representado pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.
Lula justifica viagem
Ainda na coletiva, Lula respondeu a críticas sobre os custos de suas viagens internacionais. Sem citar valores, o presidente afirmou que os
“De vez em quando, as pessoas perguntam o quanto que a gente tá gastando pra fazer essa viagem. Eu não sei quanto eu tô gastando, porque eu não cuido disso. Mas sei o quanto estou levando de volta pro Brasil. Estamos levando o compromisso de 15 grandes investidores franceses, que já têm empresa no Brasil, de investir R$ 100 bilhões nos próximos cinco anos. Essa é a novidade”, disse o presidente.
Lula está na França desde a última quarta-feira (4). Após passar por Paris, onde se encontrou com o presidente Emmanuel Macron e participou de reuniões bilaterais, o presidente segue agora para Nice, onde participa da Conferência da ONU sobre os Oceanos. Na segunda-feira (9), encerra a visita com uma agenda na sede da Interpol, em Lyon, para tratar do combate ao crime organizado.