O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (5) que enviou R$ 2 milhões para o filho “03", o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. O ex-governante prestou depoimento à Polícia Federal, em Brasília, no
“Vocês sabem que lá atrás eu não fiz campanha, mas foi depositado na minha conta R$ 17 milhões. E eu botei R$ 2 milhões na conta dele. Lá fora tudo é mais caro. Eu tenho 2 netos, de 4 e de 1 ano de idade. Ele está lá fora, eu não quero que ele passe por dificuldades. É muito, é bastante dinheiro. Nos EUA pode ser nem tanto, US$ 350 mil. Mas eu quero o bem-estar dele. E graças a Deus eu tive como depositar o dinheiro na conta dele”, afirmou o ex-presidente a jornalistas na saída da PF.
Bolsonaro afirmou que o recurso é legal e “não é o financiamento em qualquer ato ilegal”. Segundo ele, Eduardo deixou o Brasil para passar o Carnava fora, mas diante do pedido do líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), para que o Supremo Tribunal Federal (STF)
O ex-presidente disse ainda acreditar que é alvo de uma perseguição e comparou sua situação com a postura adotada por apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o período em que o atual mandatário esteve preso.
“O PT, em especial, rodou o mundo denunciando a Justiça brasileira como parcial, como a Justiça que estava perseguindo o Lula, preso naquele momento. Não tem nada a ver o que o Lula fez no passado com as acusações que eu sofro no momento, ou que ele [Eduardo Bolsonaro] sofre também. É uma perseguição, no meu entender. Se meu filho estivesse cometendo qualquer ato irregular lá, parte do Parlamento americano, que ele mantém contato, estaria cometendo um crime também”, disse.