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Álvaro Damião quer dar nome do ex-prefeito Fuad Noman para o Anel Rodoviário de BH

Prefeito relembrou atuação de Fuad Noman nas articulações para a municipalização do Anel de BH

O prefeito Fuad Noman enfrentava, desde o ano passado, problemas de saúde causados pelo linfoma de não Hodgkins

O prefeito Álvaro Damião (União) afirmou nesta terça-feira (3) que vai enviar um projeto de lei à Câmara Municipal de BH propondo a mudança do nome do Anel Rodoviário, que hoje se chama Celso Mello Azevedo, para Fuad Noman.

“Tenho certeza absoluta que ele, como ‘prefeitou’ dessa cidade da forma como ele ‘prefeitou’, gostaria de ver que quem construiu realmente essa história definitivamente nesses últimos dois anos tem nome. Que o Anel Rodoviário possa levar o nome dessa história, que coloque a marca dele. O nome do novo Anel, se a Câmara de Vereadores permitir, vai se chamar Fuad Noman”, anunciou Damião.

A municipalização do Anel Rodoviário foi oficializada nesta terça-feira (3), em um evento com o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), e com ministros do primeiro escalão do governo do presidente Lula (PT), na capital mineira.

O ex-prefeito Fuad Noman morreu no dia 26 de março, aos 77 anos. Ele estava internado no Hospital Mater Dei, na região centro-sul de Belo Horizonte, desde o dia 3 de janeiro, com quadro de insuficiência respiratória aguda. Era a quarta internação desde novembro de 2024. Na noite da última terça (25), Noman sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimado por médicos.

Celso Mello de Azevedo

A obra do Anel Rodoviário de BH foi concluída na década de 1950, quando o prefeito de Belo Horizonte era o engenheiro e médico Celso Mello de Azevedo. O trecho recebeu seu nome como homenagem pela conclusão da obra.

Em janeiro de 1955, Celso de Azevedo foi eleito pela coligação partidária UDN-PR-PDC-PTN-PL com mais de 51 mil votos. Durante sua gestão, entre outros feitos, presidiu a Associação Brasileira de Municípios e a Associação Mineira de Municípios, assinou convênio com o Governo do Estado referente ao crédito para término do Teatro Municipal, criou novas linhas de ônibus elétricos, transferiu a Biblioteca Municipal para o edifício Alcazan, criou, no antigo Cassino da Pampulha, o Museu de Arte de Belo Horizonte e inaugurou a avenida ligando o Barreiro à Cidade Industrial. Ele foi prefeito até janeiro de 1959.

Após sua saída da Prefeitura, Mello de Azevedo foi ainda presidente das Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig), secretário do Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, presidente da Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais, secretário estadual de Obras Públicas, provedor da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte e médico.

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Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.