O presidente Lula já escolheu o nome que irá substituir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. É esperado para esta semana o anúncio. Lula tem diante de si dois nomes qualificados e de notório saber jurídico. Da nova safra de políticos de Minas Gerais, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) talvez seja uma das vozes mais preparadas para transitar da presidência do Congresso Nacional, cargo que ocupou por dois biênios a uma cadeira do Supremo Tribunal Federal. Pacheco tem o apoio não apenas no meio político encabeçado por Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Congresso Nacional. Mas de pelo menos cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O outro nome cotado para o Supremo é o de Jorge Messias, Advogado Geral da União. No exercício das funções de governo, Messias construiu uma relação de proximidade com Lula, tornando-se a principal referência jurídica do governo, posição que se firmou com a indicação do então ministro da Justiça Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF). Jorge Messias é evangélico batista, tem um posicionamento mais conservador em algumas temáticas no campo comportamento, o que seria um gesto para este importante segmento de nossa sociedade, que segundo o censo, representa um pouco mais de um quarto dos brasileiros.
A aposentadoria de Barroso repercute na sucessão mineira. Se Lula escolher Rodrigo Pacheco, vai ter de construir do zero uma candidatura em seu campo político para concorrer ao governo de Minas. E se escolher Messias, a candidatura de Rodrigo Pacheco, - autor do Programa de Plano Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag) – não será automática. Pacheco é nome que unifica e expande o campo político lulista em Minas, pois tem respaldo entre intelectuais, acadêmicos e no meio empresarial. Mas, para Pacheco eventualmente vir a concorrer em Minas, Lula precisa construir as condições políticas. A começar por um leque de alianças que se expanda para legendas de centro, como o MDB e da direita. As opções estão ficando estreitas, porque o PSD, que tem três ministérios no governo federal, vai lançar o governador do Paraná, Ratinho Junior à Presidência da República. E, em Minas, o vice-governador Mateus Simões (Novo) caminha para se filiar ao PSD. O PSD em Minas está dividido. Lula iniciou agora um processo de exonerações das indicações do Centrão em seu governo, para reorganizar a sua base no Congresso. A conferir como esse processo vai evoluir e quais legendas Lula terá ao seu lado em 2026.