Agora no rádio...

Noite Livre

  • Belo Horizonte
  • Juiz de Fora
  • Montes Claros
  • Ouro Preto
  • Vale do Aço
  • Sul de Minas

Pacheco foi monitorado por ex-subsecretário do governo Zema, alvo de operação da PF

Em rascunhos encontrados na agenda do militar, alvo da operação Operação Sisamnes, havia o nome de Pacheco

Senador teria sido espionado por ex-subsecretário do governo de Minas

O coronel Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, ex-subsecretário de Integração de Segurança Pública de Minas durante o primeiro ano de governo de Romeu Zema (Novo), em 2019, teria feito anotações com informações sobre a rotina do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para um suposto plano de assassinato do parlamentar. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (29) pela Veja.

Leia também

Em rascunhos encontrados na agenda do militar, alvo da operação Operação Sisamnes, que apura a atuação de um grupo que se autodenomina “Comando de Caça aos Comunistas, Criminosos e Corruptos”, havia o nome de Pacheco, informações sobre o carro usado por ele, além de uma tabela com valores que supostamente seriam cobrados para espionar o senador e outras autoridades. Tais indícios indicam que o parlamentar vinha sendo monitorados e que poderia ser um dos alvos do grupo.

De acordo com a PF, a organização criminosa mantinha uma tabela de gradação de valores dos assassinatos com valores que variavam entre R$ 50 mil para pessoas “comuns” até R$ 250 mil, para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Contra senadores, os valores cobrados era de R$ 100 mil.

O governo de Minas Gerais foi questionado se gostaria de comentar, mas ainda não respondeu.

Quem é o coronel alvo da PF

Caçadini foi nomeado subsecretário de Integração de Segurança Pública de Minas Gerais em janeiro de 2019, primeiro ano do governo Zema. Em setembro do mesmo ano, ele pediu para ser exonerado. Em 2022, o coronel recebeu o título de Cidadão Honorária pela Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Em nota divulgada na quarta, a defesa de Caçadini informa que está acompanhando de perto as diligências realizadas contra o coronel e demais pessoas representadas pelo escritório Sarah Quinetti Advocacia Criminal.

“Ressaltamos que, até o momento, não foi encontrado qualquer elemento ilícito relacionado aos acusados nas buscas realizadas na capital mineira. Reiteramos nossa confiança nas instituições brasileiras e no trabalho responsável das autoridades competentes, bem como reafirmamos nossa convicção na inocência dos nossos constituídos”, declara a defesa.

Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.