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Oposição obstrui projeto que cria entidade para gerir hospitais públicos em Minas Gerais

Com a estratégia, votação foi adiada e proposta deve voltar à pauta da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (21)

A votação do projeto que cria o Serviço Social Autônomo de Gestão Hospitalar (SSA-Geohosp) foi adiada nesta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O motivo foi uma obstrução regimental feita por deputados da oposição.

A obstrução é uma estratégia prevista no Regimento Interno da ALMG, que permite aos parlamentares utilizar recursos para adiar votações.

O projeto em questão, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), propõe a criação de uma entidade privada, sem fins lucrativos, que assumiria a gestão de hospitais públicos no estado. A proposta já passou por comissões e recebeu emendas e substitutivos, mas enfrenta resistência de parlamentares da oposição.

Com a obstrução, a votação foi adiada e voltará à pauta na reunião desta quarta-feira (21).

Vice-líder do bloco de oposição da Assembleia, o deputado Lucas Lasmar (Rede) justificou a obstrução alegando que o governo tem tratado a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) de forma ‘irresponsável e criminosa’.

“Nós vamos lutar para que o projeto não ande dentro da Casa, principalmente nas comissões, para que a gente seja ouvido de que a forma como o governo está tratando a Fhemig é irresponsável e criminosa. Estão sucateando e, agora, querem privatizar para eliminar a necessidade de licitações com pregão eletrônico, contratações através de concurso público. Então, a gente pede, realmente, que o governo reavalie essa decisão, porque a parte assistencial está sendo altamente impactada. É só ir no corredor do (hospital) João XXIII, ver que os leitos que estão sobrecarregando o João XXIII são os que estão faltando, devido ao fechamento do Hospital Maria Amélia Lins”, disse Lasmar.

Presidente da Comissão de Saúde, o deputado governista Arlen Santiago (Avante) defendeu o projeto do governo Zema. “Estamos vendo que a questão dos hospitais da Fhemig é extremamente engessada, difícil. Precisa aumentar leitos, precisa de, às vezes, fazer uma contratação rápida e você não tem essa mobilidade que outros hospitais, como os filantrópicos, têm”, afirmou Santiago.

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Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.
Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.