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Veja o que deputados mineiros falaram em ato pró-anistia de Bolsonaro

Nikolas Ferreira, Bruno Engler, Eros Biondini e Domingos Sávio participaram de ato na Avenida Paulista pela anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023

O ato na Avenida Paulista, na tarde deste domingo (6), em defesa da anistia para os envolvidos no 8 de janeiro de 2023 contou com a presença de vários parlamentares mineiros, que defenderam a votação do projeto e criticaram decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente do PL em Minas Gerais, deputado Domingos Sávio, afirmou que a maioria da população já se sensibilizou com os “excessos do Supremo” e caberá ao Congresso Nacional dar uma resposta às ruas.

“O sofrimento de quem está preso só vai piorando. Mas o que me deixa feliz e motivado é que o Brasil está tomando consciência do tamanho da injustiça que está acontecendo. Por muito tempo ouvimos críticas à Justiça que demora, mas pior do que isso é a Justiça que promove a injustiça. O caso da Débora se tornou simbólico por causa do batom, mas não é só a Débora que foi alvo de injustiça. Até um vendedor de picolé foi preso, muitas pessoas não participaram de nenhum quebra-quebra. Várias pessoas foram presas de forma abusiva e injusta. Isso porque Alexandre de Moraes está obcecado em convencer o Brasil de que houve um golpe e que Bolsonaro é o culpado, enquanto isso ele está condenando pessoas inocentes”, afirmou Domingos Sávio.

Planos para 2026

O deputado federal Eros Biondini (PL) acredita que o projeto da Anistia já tem os votos necessários na Câmara. Segundo ele, é preciso que os representantes da direita no parlamento façam sua parte para cobrar a votação da proposta.

“Existem muitos presos injustamente. E nós viemos fazer nossa parte, porque senão esse sangue e esse peso recairá sobre as nossas costas também”, afirmou Biondini.

O deputado falou também sobre os planos para 2026. Disse acreditar que o ex-presidente Bolsonaro poderá se candidatar na próxima disputa e que pretende se lançar candidato ao Senado.

“Acredito na elegibilidade do presidente e coloquei o meu nome à disposição dele para fortalecer o Senado. Com um Senado forte nós impedimos as arbitrariedades do STF sobre o Legislativo e sobre o Brasil. Nós temos a convicção de que Bolsonaro estará elegível e os governadores que vieram aqui estão demonstrando esse apoio. Ter esses governadores presentes é um grande sinal”, disse Biondini.

‘Coincidência gigantesca’

Já o deputado Nikolas Ferreira (PL) questionou ações contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e disse que elas avançaram logo após ele se dizer sensibilizado com a situação de muitos presos do 8 de janeiro.

“Temos sensibilizado os deputados, a população tem visto isso, cada vez mais deputados se manifestam pela anistia. O Hugo Motta (presidente da Câmara) está sendo pressionado, isso é política. Vejo como coincidência gigantesca ele dizer que está sensibilizado com a pauta e logo em seguida abre investigações contra ele. Espero que ele paute, o plenário é soberano. São os representantes do povo que estão lá. Isso é democracia”, disse Nikolas Ferreira.

“Se for votada hoje, a anistia passa. Espero que isso aconteça nas próximas semanas, porque a pressão popular está muito forte. Estão todo vendo o que a esquerda está fazendo. Lula está jogando o Brasil para o fundo econômico, para o fundo moral. A direita está unida e espero que em 2026 tenhamos um resultado diferente”, avaliou o deputado.

O deputado estadual Bruno Engler (PL) citou os casos de prisões que considera “absurda”, como o da cabeleireira Débora Rodrigues.

“A manifestação demonstra a demanda popular pela anistia. A situação que estamos vivendo no país é um absurdo. Tivemos o Alexandre de Moraes votando pela condenação de 14 anos para a Débora, que riscou uma estátua com batom. Temos vendedor de picolé e de pipoca sendo condenados por golpe de Estado. E sabemos que o grito das ruas ecoa no Congresso, então é importante termos essa manifestação, para que tenhamos a votação dessa anistia na Câmara e depois no Senado”, afirmou Engler.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
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