O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento da denúncia sobre a tentativa de golpe de Estado no fim do governo de Jair Bolsonaro.
Até o ínicio da tarde desta quarta-feira (19), seis ministros acompanharam o voto do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que rejeitou os pedidos das defesas do ex-presidente, de Walter Braga Netto e Mario Fernandes para afastar os três ministros do caso.
Zanin e Dino se declararam impedidos de participar da análise desta quarta.
O julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) está marcado para começar na próxima terça-feira (25), na Primeira Turma do STF.
A decisão de Barroso foi respaldada por outros seis ministros, consolidando a maioria necessária para que os três magistrados permaneçam no julgamento.
As defesas argumentavam que Moraes, Zanin e Dino deveriam ser impedidos por questões de parcialidade e interesse direto no processo. Barroso, no entanto, afirmou que não há fundamento jurídico para os pedidos, destacando que os ministros estão aptos a julgar o caso de forma isenta.
Bolsonaro e os outros acusados são apontados como envolvidos em uma suposta trama para desestabilizar o sistema democrático após o resultado das eleições de 2022.