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Na presença de Lula, Zema alfineta PT e cobra solução por dívida de Minas

Governador cita herança de administração anterior, de Fernando Pimentel, e afirma que espera por solução por envidividamento com a União; Silveira relata aumento da dívida no governo Zema

Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), participa de evento da Stellantis, em Betim, que conta com a presença de Lula (PT)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), presente no evento da Stellantis em Betim, na Grande BH, que conta com a presenta do presidente Lula (PT), alfinetou o ex-chefe do executivo, Fernando Pimentel. Em discurso, Zema citou que assumiu o estado ‘quebrado’ após a administração do petista.

“Em 2019, logo que assumi o estado quebrado, desacreditado, que não fazia repasses do ICMS, IPVA, educação e saúde para os diversos prefeitos que estão aqui presentes, não pagava folha nem 13º, os executivos a Fiat me procuraram e queriam saber se poderiam ou não acreditar no futuro de Minas, porque o estado estava desmoronando no começo de 2019”, iniciou, afirmando que pediu um voto de confiança para os empresários.

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“Eu falei: ‘vamos fazer o governo da economia e darei o exemplo do governador. Tanto é que não moro em palácio, não tenho 32 empregadas, não tenho nenhum tipo de mordomia’”, disse, em uma nova cutucada a Pimentel.

Em seu discurso, o governador de Minas ainda usou uma metáfora futebolística para elogiar seu secretariado, atribuindo à equipe os resultados de sua administração.

“Estamos fazendo no governo de Minas é o que qualquer empresa faz. Gente competente. Todo o meu secretariado foi selecionado igual a Fiat contrata. Apesar de sermos o segundo estado mais populoso do Brasil, somos o que tem o menor número de secretarias: 14. Para um time ganhar campeonato não precisa colocar 20, 30 jogadores em campo, precisa de 11 craques. Agradeço à minha equipe que pegou um estado que qualquer um teria recusado”.

Solução para dívida

Romeu Zema ainda afirmou que, mesmo com as dificuldades financeiras que o estado enfrenta, atribuídas por ele aos juros da dívida do estado com a União, consegue bons resultados econômicos.

“Somos o estado do Brasil que mais contribuiu para a Balança Comercial. O Brasil, ano passado, teve um saldo de US$ 74,5 bilhões, a contribuição de Minas foi de US$ 25 bilhões. Mais de um terço do saldo comercial foi gerado nesta terra que hoje tem dificuldades para manter as estradas boas, um ensino adequado”, disse.

Sem citar o Propag, o Programa de Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados, o governador finalizou seu discurso dizendo que espera uma solução definitiva para o problema.

“Espero que agora venhamos a ter uma correção aos juros que nós pagamos de uma dívida bilionária, de 30 anos, ao governo federal. Estamos confiantes de que, finalmente, vamos ter uma solução do problema na origem, e não empurrando para frente como sempre aconteceu”.

Após o discurso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, retrucou o governador dizendo que, na gestão Zema, o endividamento mineiro aumentou.

“Eu quero relatar um fato. A dívida de Minas cresceu nos últimos cinco anos mais de 50%, passando de R$ 110 bilhões, em 2019, para R$ 165 bilhões. E o senhor aprovou (o Propag), fazendo justiça com Minas Gerais, dando condições de o estado se estabelecer, tratando Minas como Minas sempre tratou o senhor”, afirmou, dirigindo-se à Lula.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.