A partir da semana que vem, o governo de Minas vai se mobilizar para colocar em prática a estratégia de tentar convencer deputados federais da bancada mineira na Câmara a derrubar os vetos do presidente Lula (PT) ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag). O secretário de Governo, Gustavo Valadares (PMN), disse que a equipe econômica do Executivo já preparou um material informativo para ser apresentado aos parlamentares.
“Já tenho recebido algumas ligações, alguns posicionamentos de deputados querendo, inclusive, entender as razões dos vetos, essas questões. Nós já estamos levando a eles um material que foi produzido pela Secretaria da Fazenda. Nossa ideia é, a partir da semana que vem, com a volta dos trabalhos nos legislativos, em especial no Congresso Nacional, de começarmos a fazer visitas aos deputados, em bancadas ou em individuais”, disse Gustavo Valadares.
Em outra frente, Minas vai se unir a um grupo de governadores para atuar junto aos presidentes da Câmara e do Senado para que os vetos sejam colocados em pauta no Congresso Nacional. Além de Romeu Zema, governadores do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e de Goiás já criticaram publicamente os vetos de Lula.
“Estamos começando a trabalhar uma mobilização dos governadores dos Estados envolvidos mais diretamente com essa questão do Propag, para os governadores também pedirem, com certa presteza, agendas aos novos presidentes da Câmara e do Senado, que serão eleitos no próximo sábado. Que eles coloquem em pauta a votação dos vetos”, explicou o secretário de Governo.
Valadares descartou ainda um ‘clima de guerra’ com a gestão Lula, e espera contar com o apoio de parlamentares de outros estados para a derrubada dos vetos. “Não tem guerra com o governo federal, não há nada. São posições diferentes, distintas, visões diferentes sobre o mesmo assunto e nós vamos tentar mostrar que, para mantermos estados como Minas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás viáveis, é muito importante a derrubada dos vetos. Nós vamos muito nessa linha e no sentimento de solidariedade dos demais parlamentares”.
