Ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania do Governo Lula (PT), Silvio Almeida voltou a se manifestar publicamente sobre as denúncias de assédio sexual que o envolveram no ano passado. Em uma postagem no Instagram, ele afirmou ser vítima de uma armação e que está sendo tratado como um “monstro”.
O ex-ministro destacou que está em busca de justiça e declarou: “Tentaram me matar. Mas não deu certo [...] E se morto levanta, acabou o velório”.
Almeida reforçou que, ao longo dos últimos meses, tentaram apagar sua trajetória profissional, dizendo que tentaram fazê-lo esquecer quem ele realmente é e o que representa. “Tentaram apagar trinta anos de trabalho sério, de dedicação e de muita renúncia”, escreveu.
Almeida, que foi demitido do cargo de ministro em setembro do ano passado após as acusações de assédio sexual, também anunciou a retomada de seus projetos pessoais. Ele informou que retomará a produção de livros e o trabalho nas redes sociais, incluindo a reativação de seu canal no YouTube.
Entre os projetos, ele planeja lançar uma edição ampliada e revisada de seu livro Racismo Estrutural, que foi suspensa pela editora Record, e finalizar outro trabalho que estava desenvolvendo enquanto ainda era ministro, intitulado Estado, direito e raça no pensamento social brasileiro.
DENÚNCIAS
As denúncias contra Silvio Almeida ganharam grande repercussão em setembro de 2024, quando o presidente Lula decidiu demiti-lo após acusações de assédio sexual feitas por diversas mulheres. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi uma das vítimas mencionadas nas acusações, e a organização Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou que havia sido procurada por mulheres que relataram episódios de assédio sexual por parte de Almeida.
O governo federal, ao anunciar a demissão de Almeida, emitiu uma nota afirmando que nenhuma forma de violência contra as mulheres seria tolerada, e a decisão de afastá-lo do cargo teve como base essas alegações.
Silvio Almeida nega todas as acusações e afirmou em diversas ocasiões que as denúncias são “mentiras” e que se baseiam em ataques políticos.