A Comunidade Canção Nova foi fundada oficialmente em fevereiro de 1978 pelo padre Monsenhor Jonas Abib (1936-2022) e reconhecida pela Santa Sé da Igreja Católica em outubro de 2008 como uma Associação Internacional Privada de Fiéis.
A entidade é uma comunidade carismática católica e tem sede em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo.
O termo ‘Canção Nova’ corresponde ao Cântico Novo, que segundo o estatuto de fundação da entidade é um “tema que perpassa toda a história da salvação: é o cântico dos remidos, o cântico das mulheres e homens novos para o Mundo Novo”.
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“A Comunidade Canção Nova pretende ser na Igreja, a ‘Casa de Maria’, entendendo tal expressão no sentido bíblico: da descendência de Maria, da raça de Maria, sua Mãe e educadora. A Comunidade Canção Nova é um corpo associativo de fiéis cristãos formado de mulheres e homens; jovens e adultos; solteiros, casados e celibatários, sacerdotes e diáconos, que assumem a vivência mais radical da consagração a Deus feita no Batismo e na Crisma, em função do apostolado, numa vida em comunidade, conforme o estado de cada um. Tal vivência inspira-se na prática dos conselhos evangélicos, adaptada à vida secular”, diz a entidade em seu site oficial.
Fundação João Paulo II
Já a Fundação João Paulo II é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Ela foi criada em 1982 pelo padre Jonas Abib e atua como mantenedora da Comunidade Canção Nova.
“A Fundação João Paulo II, é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos que mantém a Rede de Desenvolvimento Social Canção Nova e o Sistema Canção Nova de Comunicação por meio de doações de pessoas e parceiros, que acreditam no trabalho de colaboradores, voluntários e missionários voluntários, na formação de Homens Novos para o Mundo Novo”, informa a entidade em seu site oficial.
Ação do Ministério Público
Uma
A ação pede uma intervenção na fundação e o afastamento de membros do conselho deliberativo. Segundo a promotora de Justiça Marcela Agostinho Gomes Ilha, a entidade tem atuado com “nítido desvio de funcionalidade”.
Os parlamentares acusam o órgão de tentar acabar com a entidade religiosa, acusação que foi rebatida nesta terça-feira (28) pelo Ministério Público.
“As versões difundidas nas redes sociais sobre uma suposta investida da dedicada promotora de Justiça autora da ação pela laicização da entidade, prejudicando assim a Canção Nova, não têm a mínima procedência. A Promotoria de Cachoeira Paulista reconhece a indissociável comunhão do povo paulista com a fé católica”, informou o MP.