Dez iniciativas sustentáveis receberam nesta segunda-feira (9) o Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação — Crise Climática.
Os projetos apresentaram soluções para prever, evitar ou minimizar os transtornos causados pela seca e a chuva extrema em Minas Gerais.
Os vencedores foram escolhidos entre 124 propostas de candidatos de Minas Gerais e de outros nove estados. Avaliação foi feita uma equipe especializada em uma parceria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais com o BH TEC, o Parque Tecnológico de Belo Horizonte.
O primeiro lugar ficou com a empresa Quasar Space. A CEO da empresa, Thais Cardoso, criou uma plataforma para monitorar áreas críticas em território mineiro.
“A ideia vencedora foi fazer, através de uma plataforma de monitoramento de áreas críticas, de imagens satelitais, fundir e processar essas imagens via inteligência artificial, entregando um panorama completo das áreas críticas do estado mineiro. Ou seja, a cada 30 minutos a Defesa Civil do Estado de Minas Gerais receberá alertas das áreas críticas e irá fazer o ranqueamento delas. Então vamos conseguir fazer o ranqueamento, o mapeamento e também o monitoramento a cada 30 minutos das áreas críticas do estado de Minas Gerais”, explicou.
A Diretora da Asthon, Vitória Baratella, também foi uma das vencedoras do prêmio. A startup foi fundada a partir de estudos desenvolvidos na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e desenvolveu um sistema para monitorar o nível de bacias hidrográficas.
“Desenvolvemos um sistema de monitoramento hidrológico a fim de tornar bacias hidrológicas mais inteligentes. As estações, o grande diferencial delas é que, além de serem bem compactas, elas transmitem informação mesmo em lugares remotos. Então, nascentes de rios, áreas rurais, que você não tem wi-fi, não tem 4G, a gente usa a rede LoRaWAN, que transmite a longas distâncias, com baixo consumo de energia, sendo muito eficiente e dando informação em tempo real para a Defesa Civil de locais um pouco mais afastados da cidade e então eles têm tempo de atuação. E aí pensando na antecipação para que a Defesa Civil, as prefeituras, enviem alerta para a população, para que a população se prepare para receber, evacue as áreas de risco, a gente está desenvolvendo uma inteligência artificial também que lê dados históricos no período chuvoso, e avisa, gera previsões hidrológicas”, afirmou.
O presidente da Assembleia, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), destaca que esta é mais uma iniciativa que se junta a outras pautas ambientais que têm sido priorizadas no parlamento mineiro.
“Em 14 de março, nós iniciamos o nosso seminário de crise climática de forma pioneira. Mais uma vez, a ALMG discutindo os importantes temas à frente de todos, mas mais do que isso, nós temos que envolver as universidades, envolvemos praticamente todas nessa discussão. A sociedade, mais de 7 encontros regionais, mas também a inovação e tecnologia é fundamental, e aí nós criamos, em parceria com a BH TEC, esse prêmio de inovação aqui da Assembleia, onde nós hoje conhecemos as 10 startups escolhidas, receberam o prêmio e vão receber o investimento da ALMG, juntamente com a BH TEC, para que a gente possa fazer a aceleração dessas empresas, ideias que vão desde a inteligência artificial até ideias do dia a dia básico para a produção, por exemplo, de alimentos, para que a gente possa incentivá-las a atender a população, não só de Minas Gerais, do Brasil e, porque não dizer, do mundo” detalhou.
Cada um dos dez projetos escolhidos vai receber R$ 60 mil, além da participação em programa de aceleração promovido pelo parque tecnológico.
