O vice-presidente Geraldo Alckmin comentou, nesta sexta-feira (06), os detalhes do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, pactuado durante a cúpula de líderes do bloco sul-americano em Montevidéu, no Uruguai.
Alckmin reforçou as críticas feitas pelo presidente Lula às bases do acordo inicial, firmado em 2019, e destacou os avanços obtidos na versão final de 2024.
“Eu acho que nós avançamos mais, então tivemos mais salvaguardas, excluímos a questão de compras governamentais. No caso da indústria automotiva, você tem uma desgravação que não é igual. Então, um veículo elétrico é com X anos, a hidrogênio, se tiver no futuro uma nova tecnologia, outros. Foram feitas salvaguardas mais importantes, que a União Europeia aceitou e foram boas para o Mercosul”, declarou.
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Ainda de acordo com Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, estudos do governo indicam que o acordo poderá beneficiar as exportações brasileiras. Segundo ele, as exportações da agricultura podem crescer 6,7%; serviços, em 14,8%; e as vendas da indústria de transformação, devem aumentar em 26%.
Apesar do anúncio, o acordo ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Europeu e pelo Parlamento Europeu, processo que deve começar em 2025. Se ratificado, o tratado criará uma ampla zona de livre comércio, eliminando tarifas de importação e exportação entre os países dos dois blocos.