O novo chefe do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Paulo de Tarso Morais,
Paulo de Tarso, que tomará posse no mês que vem, afirmou que o Estado precisa se organizar para combater os criminosos.
“O combate ao crime organizado reclama uma atuação mais orgânica para que a gente consiga melhores resultados, porque eu acho que é uma das coisas mais perversas que há, porque o próprio nome já diz, ‘crime organizado’. O Estado não pode estar desorganizado para combater aquilo que está organizado. Então, para mim, a prioridade tem que ser essa, porque é o que aflige a população no dia a dia”, disse.
Para o promotor, o crime está à frente do Estado em termos de organização e, por isso, tem crescido. No entanto, ele afirma que, assim como dizem o governo de Minas e a Polícia Militar, Minas ainda não foi ‘invadida’ pelas facções.
“Eu acho que não chega a ser, como bem relatou a Polícia Militar, uma questão de ter invadido ainda o Estado de Minas Gerais. Até porque nós temos que louvar a atitude dos órgãos de segurança de Minas Gerais, que tem um trabalho muito efetivo nesse sentido. O que há de concreto é que o crime está à frente na sua organização. O Estado está mais desorganizado no contexto”, disse, acrescentando que ações que modernizem o Ministério Público ajudarão a combater a criminalidade.
“Eu acho que a modernização nos auxilia a correr atrás do crime, porque nós vamos correr atrás da organização. Nós estamos atrás e nós precisamos acelerar esse processo, porque, organizados, nós vamos combater a criminalidade organizada”.
Escolha de Zema
Paulo de Tarso ainda comentou sobre a
No entanto, para Paulo de Tarso, o foco deve estar em realizar uma boa gestão para que a quebra de paradigma seja deixado para trás.
“Tenho certeza que um governador de Estado não escolheria alguém com uma reputação que não fosse adequada para o cargo. Mais que isso, essa eleição representa uma quebra de uma barreira que iria acontecer em algum momento na história do Ministério Público de Minas Gerais. Então, ela está acontecendo agora e o que eu mais desejo é que ao final dessa minha gestão, que vai durar dois anos, esse tema, que se trata de um promotor ou procurador, de uma promotora ou de uma procuradora, seja irrelevante para o processo. Que se verifique as condições das pessoas que postularem o cargo, se elas preenchem os requisitos que a classe entende que vão ao encontro do sonho dos promotores, que é uma pessoa que tenha serenidade, equilíbrio, que possa conduzir a instituição”, finalizou.