O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, avaliou nesta quinta-feira (07) que a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos não deve interferir nas relações comerciais entre Brasil e EUA.
Em entrevista coletiva, Alckmin afirmou que “a relação econômica entre Brasil e Estados Unidos é muito sólida e baseada em interesses mútuos”, e avaliou que os laços econômicos entre os dois países tendem a se manter estáveis, independentemente da relação pessoal entre o presidente Lula e o futuro líder norte-americano.
“Nós estamos batendo recorde de balanço de comércio tanto na exportação quanto na importação. O maior comprador do Brasil, o maior parceiro comercial é a China. Agora, os Estados Unidos é o maior comprador de manufatura e o maior investidor no Brasil. As relações são de Estado, não são pessoais. Então, o Brasil tem uma tradição de amizade, de complementação econômica com os Estados Unidos que eu tenho certeza, tem tudo para crescer”, disse Alckmin.
Ainda durante a campanha, Lula chegou a manifestar sua preferência por Kamala Harris, candidata do partido Democrata derrotada por Trump. Após o resultado, o presidente parabenizou Trump pela vitória desejando “sorte e sucesso ao novo governo”.
Comércio entre Brasil e EUA
O vice-presidente destacou ainda que os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. De janeiro a setembro deste ano, o fluxo de comércio entre os dois países somou aproximadamente US$ 60 bilhões, com os Estados Unidos representando o principal destino das exportações brasileiras de produtos industrializados.
A continuidade desse intercâmbio econômico são, segundo Alckmin, essenciais para ambas as nações, especialmente em setores como tecnologia, indústria e serviços, onde a parceria entre Brasil e EUA é consolidada e estratégica.