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Saiba quem é Hugo Motta, indicado por Lira para sucedê-lo na Câmara dos Deputados

Lira indicou Motta para a presidência da Casa; eleição será realizada em fevereiro de 2025

Hugo Motta (PB) e Arthur Lira (PP-AL) na Residência Oficial da Câmara nesta terça-feira (29)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira (29) apoio ao líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), como seu sucessor no comando da Casa a partir de 2025.

Quem é Hugo Motta

Natural de João Pessoa (PB), Hugo Motta Wanderley da Nóbrega tem 35 anos. É médico formado pela Universidade Católica de Brasília e pertence a uma família com histórico na política. O avô paterno, Nabor Wanderley, foi prefeito da cidade de Patos (PB). O pai, Nabor Wanderley, é o atual chefe do Executivo da cidade e tenta se reeleger.

A avó materna, Francisca Motta, é deputada estadual da Paraíba e foi a primeira mulher a presidir a Assembleia Legislativa do estado. Ela também foi prefeita de Patos de 2013 a 2016. Já o avô materno, Edivaldo Motta, foi deputado federal, de 1987 a 1992, e deputado estadual na Paraíba por cinco mandatos, entre 1967 e 1987.

Motta foi eleito pela primeira vez em 2010, quando, aos 21 anos, foi o mais jovem a conseguir uma vaga na Câmara, pelo MDB. Ele está no quarto mandato consecutivo como deputado federal, sendo o parlamentar mais votado da Paraíba em 2022.

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Em 2018, trocou o MDB pelo Republicanos, do qual é líder desde 2023. Presidiu a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, em 2014, e também comandou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2015. É autor ou coautor de 1.523 propostas.

O deputado paraibano também relatou 66 proposições, como a PEC dos precatórios, que permitiu ao então governo Bolsonaro limitar o pagamento anual dessas dívidas e abriu espaço fiscal para bancar o então Auxílio Brasil, atual Bolsa Família.

Em abril de 2016, à época filiado ao PMDB, o congressista votou a favor da instauração do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Já na gestão de Michel Temer (MDB), em outubro de 2016, Motta votou favoravelmente à Proposta de Emenda à Constituição 241 de 2016, conhecida como PEC do teto dos gastos públicos.

O processo

Motta é considerado uma pessoa de bom trânsito entre parlamentares governistas e da oposição, apesar de também ser ligado a adversários de Lula, como o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PP), e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (Republicanos).

Para ser eleito presidente da Câmara, o candidato precisa garantir os votos favoráveis de 257 deputados, maioria absoluta da Casa. Caso isso não aconteça, os dois mais votados disputam um segundo turno, em que o mais votado vence.

Apoio do PT

Por enquanto, o Partido dos Trabalhadores adia sua decisão. Segundo o líder do partido, Odair Cunha (MG), a bancada tende apoiar a candidatura de Motta. “A conveniência política é que vai dizer o momento adequado e o processo de construção da bancada também”, afirmou ele.


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Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.
Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio