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“Eu, Gustavo Tostes Gazzinelli, venho através deste processo, em decorrência da audiência de conciliação, me retratar pelos dizeres pronunciados no dia 07 de março de 2024, em face de Erika Morreale Diniz e Edith Alves MuIs, no qual pelo calor da discussão, proferi contra elas os seguintes xingamentos “safada” e vagabunda”. De maneira a qual, retrato e digo que tais xingamentos não estão corretos e não devem ser dirigidos a nenhuma pessoa em qualquer situação. Sendo apenas dito, pelo calor da emoção. Reitero o meu pedido de desculpas às querelantes e respectivas famílias”, disse Gazzinelli em manifestação entre a justiça.
Diante do pedido de desculpas, as vítimas retiraram a queixa contra o infrator. À época, três boletins de ocorrência foram registrados contra o autor das ofensas, sendo que duas vítimas afirmam que foram alvos diretos de Gazzinelli.Antes do caso parar na justiça, a Itatiaia já havia identificado o ambientalista Gustavo Tostes Gazzinelli por meio de imagens.
O ambientalista proferiu ofensas contra as duas funcionárias da Fiemg durante uma audiência pública no parlamento mineiro em março deste ano. A reunião da Comissão de Administração Pública discutia a regulamentação de um decreto que trata de caução ambiental prevista na Política Estadual de Segurança de Barragens.
As agressões verbais foram feitas na véspera do Dia das Mulheres.
À época, em entrevista à Itatiaia, o ambientalista disse que havia ficado incomodado com a gritaria dos manifestantes, atrapalhando o andamento da audiência pública. No entanto, ele reconheceu que perdeu a cabeça e ressaltou que não deveria ter agido daquela forma ao proferir os xingamentos. Gazzinelli já havia antecipado à Itatiaia que estava arrependido do que havia feito e garantido que pediria desculpas às três funcionárias da Fiemg na primeira oportunidade possível.
Vítimas denunciam omissão de deputadas
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A Itatiaia estava no momento da confusão. Em nenhum momento, as duas deputadas pediram a suspensão da sessão ou a intervenção da Polícia Legislativa para proteger as vítimas.
A Fiemg garantiu que foi proibida de ter direito à fala na audiência pública e também disse que as deputadas não agiram para defender as funcionárias da Federação.
A superintendente da Indústria da Fiemg, Erica Morreale, afirmou que foi alvo de xingamentos e criticou o que ela chamou de falta de ação das deputadas.
“Estávamos ali protestando pedindo a fala e esse cidadão, de forma violenta, nos agrediu chamando-nos de palavras de baixo calão. Eu virei para ele e disse: “eu não sou vagabunda, eu sou trabalhadora e ele partiu para cima querendo me agredir fisicamente, a mim e mais duas colegas. No entanto, o que mais me agrediu, fui eu, teoricamente representada por duas deputadas mulheres, em véspera do Dia das Mulheres, a omissão. Elas que se dizem defensoras das pautas das mulheres, em momento algum pediram que parassem com aquela violência”A gerente de Comunicação interna da Fiemg, Edith Muls, diz que ficou traumatizada após ter sido ofendida.
“Eu estava ali porque eu acredito em uma causa, em um propósito de vida para mim. Aqui na minha empresa eu sou respeitada e eu pensava que lá eu também seria. Na assembleia, com duas deputadas mulheres presidindo uma mesa e a gente ser chamada de vagabunda?”
Deputadas negam acusações
Por meio de nota, a deputada Beatriz Cerqueira (PT), que presidia a sessão no momento da confusão, negou ter sido omissa no caso. Apesar do homem estar nas galerias gritando com as mulheres, como mostram as imagens, a deputada afirmou que não ficou sabendo de nenhum tipo de agressão durante audiência pública.
A deputada Bella Gonçalves também negou ter sido omissa e ressaltou que não ouviu as mulheres sendo vítimas das ofensas verbais.