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Lula recebe vaias do público durante cerimônia no Chile

Presidente participava de uma cerimônia no monumento em homenagem ao general Bernardo O’Higgins, em Santiago

Lula participava de cerimônia em Santiago nesta segunda-feira quando foi vaiado

Em visita oficial ao Chile, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi vaiado pelo público que acompanhava sua participação na manhã desta segunda-feira (5) em uma cerimônia no monumento em homenagem ao general Bernardo O’Higgins, em Santiago.

As vaias, que podem ser ouvidas no vídeo transmitido pelo Agência Brasil - canal que transmite as cerimônias e eventos oficial do governo federal - ocorreram no momento em que a cerimônia anuncia a participação do presidente no ato.

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A manifestação não atrapalhou o transcorrer da cerimônia, que foi acompanhada por ministros como Alexandre Silveira (Minas e Energia), Nísia Trindade (Saúde), Carlos Fávaro (Agricultura) e Mauro Vieira (Relações Internacionais). Representantes do governo chileno estavam entre os participantes.

Durante a cerimônia que precedeu o encontro de Lula com o presidente do Chile, Gabriel Boric, o brasileiro depositou flores na estátua do general responsável por libertar o Chile e que é considerado o pai da pátria chilena.

Posição sobre a Venezuela e popularidade no Chile

A chegada de Lula ao Chile ocorre em meio a uma série de impasses envolvendo a Venezuela. Oficialmente, o Brasil não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro, conforme proclamado pelo Conselho Eleitoral Nacional (CNE) no fim do mês de julho, e declarou que ainda aguarda a divulgação das atas eleitorais para se manifestar sobre o resultado.

Entretanto, Lula tem evitado criticar o governo de Maduro. Soma-se a situação a nota divulgada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) - na qual a cúpula executiva do partido de Lula reconhece que Maduro se reelegeu na Venezuela.

O posicionamento é bem diferente da postura adotada por Gabriel Boric que, embora seja um político de esquerda, também é um dos maiores críticos de Maduro. Após a proclamação do resultado no dia 28 de julho, Boric foi um dos primeiros líderes a questionar os resultados, considerando-os “difíceis de acreditar” e exigindo transparência.

Sobre a crise no país comandado por Nicolás Maduro, uma pesquisa do Instituto chileno Cadem mostra que 94% da população chinesa pensa que a Venezuela vive uma ditadura, e 91% dos entrevistados acreditam que as últimas eleições não foram democráticas.

Apesar da baixa popularidade de Boric entre os chilenos (70% desaprovam o governo, segundo o Instituto Cadem), 87% da população revelou estar de acordo com a postura adotada pelo presidente sobre a Venezuela.


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