Mais da metade da bancada do Partido Liberal (PL) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) votou contra uma orientação do governo de Romeu Zema (Novo) durante a votação do projeto de lei que concedeu reajuste de 4,62% aos servidores públicos estaduais.
O “racha” pode ser observado, claramente, durante a análise das emendas ao projeto, que pretendiam elevar os índices de reajuste de salários ao funcionalismo público. Dos 11 deputados que o PL têm no Legislativo mineiro, seis votaram contra o governo: Bruno Engler, Caporezzo, Coronel Sandro, Delegada Sheila, Eduardo Azevedo e Sargento Rodrigues. Os outros cinco parlamentares do partido seguiram a determinação do Palácio Tiradentes: Antônio Carlos Arantes, Coronel Henrique, Gustavo Santana, Marli Ribeiro e Alê Portela — essa última, foi contemplada com a nomeação em cargo de primeiro escalão no Governo de Minas.
Mais da metade da bancada do PL votou contra orientação de Zema nas emendas ao projeto de reajuste para servidores
Embora a ruptura seja evidentes, o presidente do PL no estado, deputado federal Domingos Sávio, minimizou e tratou a divergência como “pontual”.
“O que temos em afinidade de princípios e propósito é forte. A divergência é muito pontual, com relação à segurança pública, que é um tema muito caro ao PL. Mas acreditamos que há caminho para superar isso”, afirmou.
O parlamentar citou, ainda, que a nomeação da deputada Alê Portela ao cargo de secretária de Estado de Desenvolvimento Social é um “gesto muito claro” de Zema ao partido.
“Esse gesto sinaliza no sentido de que nós possamos estar mais próximos para contribuir com o governo na construção de uma proposta adequada, justa, mas que seja factível, para que ele possa valorizar mais a segurança pública. Não tenho dúvida que esse é um desejo do Romeu Zema. No mais, vejo a bancada do PL votando com ele em 99% das vezes”, afirmou.