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Comissão adia análise de reajuste dos servidores; saiba o que acontece agora

Deputados precisam votar emenda de Romeu Zema que eleva de 3,62% para 4,62% o índice de reajuste para o funcionalismo público; deputados tentam ampliar ganhos para servidores

Com atraso de mais de uma hora, a sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi aberta, mas a votação de uma emenda do governador Romeu Zema (Novo) que aumenta o reajuste de 3,62% para 4,62% foi adiada.

O presidente da comissão, Zé Guilherme (PP), decidiu distribuir o texto aos parlamentares. Pelo Regimento Interno da Casa, com a “distribuição em avulso” a emenda só poderá ser analisada após seis horas do encerramento da reunião. Como a próxima sessão já está marcada para as 10h30 desta quarta-feira (5), os deputados retomam a análise do texto amanhã.

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“O parecer contempla o texto enviado pelo governo e a gente faz menção, também, à emenda que toda a Assembleia assinou, para este aumento e, tecnicamente, foi distribuido em avulso. O que é distribuir em avulso? O parecer é distribuído a todos os deputados e daqui a seis horas ele pode convocar nova reunião. Como, amanhã, temos uma reunião 10h30 da manhã, vai ser apreciado e votado para que fique pronto para ser votado em plenário”, explica o presidente da FFO, deputado Zé Guilherme.

De acordo com o parlamentar da base do governo Zema, com a aprovação da emenda, o projeto de reajuste dos servidores deve estar pronto para votação final em plenário na próxima quinta-feira (6).

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Além da emenda de Zema — que confirmou no início da manhã de hoje que aumentaria a proposta de reajuste em um ponto percentual, alcançando o índice de inflação de 2023 — outros pedidos de alteração no texto original também serão apreciados pelos deputados na Comissão. Um deles, que recebeu apoio de parlamentares da oposição e até de parte da base do governo na Assembleia, quer garantir a recomposição inflacionária dos últimos dois anos, alcançando 10,67%.

A estratégia de deputados da oposição ao governo é apostar na mobilização dos servidores para tentar garantir esse percentual. Na sessão em plenário desta terça-feira (4), representantes das categorias da educação, saúde e segurança pública lotaram as galerias da Assembleia para pressionar por um reajuste maior.

“A vida do governo Zema não está fácil. O resultado da votação em primeiro turno demonstrou que ele não tem maioria. No caso dos servidores, acabou sendo um fôlego: mais um dia para eles se mobilizarem e a gente possa convencer os deputados a votarem na recomposição da inflação que ficou para trás e o governo Zema insiste em não discutir”, diz a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT).

Zema recuou e emendas foram rejeitadas em plenário

Dia “D” para uma definição para os servidores públicos estaduais, a terça-feira começou com a divulgação de um vídeo em que o governador Romeu Zema e a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, apresentam uma proposta para elevar em um ponto percentual o índice de reajuste dos servidores. Ao passar de 3,62% para 4,62%, o Governo de Minas alcança o índice de inflação apurado pelo IPCA do ano passado.

“Passamos as últimas semanas reunidos, fazendo contas e ajustando economias nos gastos públicos, para conseguirmos alcançar o índice de reajuste de 4,62%. Esse percentual corresponde, exatamente, à inflação de 2023. Desta forma, faremos uma recomposição integral das perdas inflacionárias”, afirmou Zema no vídeo.

Com a sinalização de Zema, deputados foram à sessão plenária para analisar as 55 emendas apresentadas ao texto. Na reunião, seis emendas destacadas foram rejeitadas — uma delas, que garantia o reajuste de 10,67% aos servidores da segurança pública foi derrotada por uma diferença mínima, de apenas um voto.

A emenda de Zema foi recebida no plenário e enviada direto à sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, cuja análise foi adiada pelos parlamentares.


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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.
Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.
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