JUIZ DE FORA — Após anunciar a desistência da retomada das obras do Hospital Regional de Juiz de Fora, o Governo de Minas sentou a uma mesa de negociação com a prefeitura da cidade, mediada pelo Centro de Autocomposição e Segurança Jurídica do Ministério Público de Minas Gerais (Compor), nesta terça-feira (23). O objetivo é chegar a um consenso com a gestão da prefeita Margarida Salomão (PT) para destinar cerca de R$ 150 milhões em ações na área da saúde para o município. O dinheiro seria investido nas obras do equipamento de saúde, mas o Governo de Minas decidiu de retomar as obras — paradas desde 2017 — após ter encontrado falhas “graves” na execução do projeto.
Em vídeo publicado nas redes sociais, a prefeita de Juiz de Fora Margarida Salomão (PT) explicou que o estado manteve a decisão da não retomada das obras do Hospital Regional e foi proposta uma alternativa.
“Nós conseguimos, com a interveniência do Ministério Público, um compromisso do Estado no sentido de acharmos uma destinação para o recurso R$ 150 milhões — que possam, inclusive, envolver a construção de equipamentos de saúde. Então, novas reuniões acontecerão proximamente e nós buscaremos uma forma de compensar o município em relação a essa desistência expressa e reiterada do Estado de Minas Gerais com relação ao Hospital Regional”, afirmou.
O Ministério Público de Minas Gerais informou que vai intermediar a negociação sobre as novas possibilidades para a destinação dos recursos e que uma nova reunião será marcada.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) informou que apresentou na reunião a real situação da edificação do Hospital Regional de Juiz de Fora, demonstrando graves erros na execução da obra, que evidenciam a fragilidade da estrutura e a imprevisibilidade sobre a conclusão do projeto, além da necessidade de reforços estruturais. Segundo a nota, o Governo de Minas se diz aberto ao diálogo com o município para o pagamento dos valores já enviados para a execução da obra, cerca de R$ 150 milhões, e manteve o compromisso de investir o recurso na saúde.