A CPI das Apostas Esportivas do Senado Federal já tem nove membros titulares indicados pelos partidos. O anúncio foi feito na sessão do Plenário, nesta terça-feira (9), pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A CPI, que será instalada nesta quarta-feira (10), irá apurar fatos relacionados às denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas.
A CPI terá 11 membros titulares e 7 suplentes. O colegiado terá 180 dias para concluir os trabalhos. Até o momento, não houve a indicação do parlamentar mineiro na composição do colegiado.
O Bloco Democracia, formado pelo MDB, União Brasil, Podemos, PDT e PSDB, indicou os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Márcio Bittar (União-AC) e Giordano (MDB-SP). O Bloco Resistência Democrática, formado pelo PSD, PT e PSB, indicou os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Angelo Coronel (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Chico Rodrigues (PSB-RR) como titulares, e o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) como suplente.
O Bloco Vanguarda, que conta com o PL e o Novo, indicou os senadores Romário (PL-RJ), Eduardo Girão (Novo-CE) como titulares e o senador Carlos Portinho (PL-RJ) como suplente. Já o Bloco Aliança, que tem o PP e o Republicanos, ainda não indicou membros.
No requerimento de criação, o senador Romário, que é tetracampeão mundial pela Seleção Brasileira, afirmou que as apostas esportivas movimentam muito dinheiro, e alertou que o possível aliciamento de jogadores e dirigentes para manipulação de resultados pode colocar em risco a credibilidade dos campeonatos. “Vale lembrar que o futebol é uma importante atividade econômica de nosso país, que gera dezenas de milhares de empregos e movimenta importante cadeia direta e indireta de geração de renda. É, portanto, dever do Estado regulamentar e fiscalizar as suas atividades, em nome do interesse público”, argumentou o senador.