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Entenda por que Sergio Moro pode ser cassado em julgamento do TRE

Senador Sergio Moro é alvo de ações ajuizadas por PT e PL que pedem a cassação e a condenação dele à inelegibilidade por 8 anos

Senador Sergio Moro (União Brasil-PR) é alvo de ações ajuizadas por PT e PL que pedem cassação dele

Começa nesta segunda-feira (1º) o julgamento dos pedidos de cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) apresentados à Justiça pelos antagônicos Partido Liberal (PT) e Partido dos Trabalhadores (PT). As Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) contra o político serão analisadas por sete desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Ele é investigado por abuso de poder econômico durante a pré-campanha à presidência da República em 2022. Moro

Apesar de ter início nesta segunda, o julgamento das ações de PT e PL contra Moro poderá ser esticado para quarta-feira (3) e 8 de abril, segundo previsão do TRE. Os processos acusam o atual senador do União Brasil de usufruir da exposição da pré-candidatura à presidência da República para, em seguida, concorrer a um cargo com menor teto de gastos e menos visibilidade — a disputa ao Senado Federal pelo Paraná.

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Uma das ações sustenta que Moro usou o Fundo Partidário e o Fundo Especial de Campanha para construir a própria imagem enquanto pré-candidato; e teria colhido os benefícios dessa movimentação já na disputa ao Senado. A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) manifestou um parecer favorável à cassação do mandato de Moro. No ano passado, o senador negou as acusações.

Sete desembargadores votarão no processo que terá início nesta segunda-feira; são eles:

  • Relator Luciano Carrasco Falavinha Souza;
  • José Rodrigo Sade;
  • Claudia Cristina Cristofani;
  • Julio Jacob Junior;
  • Anderson Ricardo Fogaça;
  • Guilherme Frederico Hernandes Denz;
  • Presidente Sigurd Roberto Bengtsson;

É preciso maioria para a condenação de Sergio Moro, mas, o sétimo a votar — o presidente do TRE-PR — só se manifestará se houver empate. A equipe do senador pode recorrer, após a decisão, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.