O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (28) que o Brasil irá continuar trabalhando para evitar um conflito bélico na América Latina e no Caribe, e criticou o que chamou de “paralisia” do Conselho de Segurança da ONU para garantir uma trégua nos ataques de Israel na Faixa de Gaza. Em coletiva de imprensa, concedida nesta quinta-feira (28), no Palácio do Planalto, Lula afirmou que o Brasil vai atuar para que a América Latina e Caribe sejam zonas sem conflito, onde prevaleça o diálogo e o direito internacional, em referência à disputa territorial entre a Venezuela e a Guiana pela região de Essequibo.
Lula, que estava acompanhado do presidente da França, Emmanuel Macron, criticou a dificuldade da ONU para garantir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, região que tem sido alvo de ataques de Israel devido à presença de terroristas do Hamas. “A paralisia do conselho de segurança (da ONU) frente a guerra na Ucrânia e em Gaza é alarmante e inexplicável. As teses que questionam a obrigatoriedade do cumprimento da recente determinação do cessar fogo em Gaza, durante o mês do Ramadã, corrói, mais uma vez, a autoridade do Conselho de Segurança”, disparou Lula.
O presidente da República ressaltou, na coletiva de imprensa, que judeus e mulçumanos vivem harmonicamente no nosso país. “O Brasil rechaça veementemente todas as manifestações anti semitismo e islamofobia. Não podemos permitir que a intolerância religiosa se instale entre nós. Judeus e muçulmanos sempre viveram em harmonia no Brasil para construir o país moderno que temos hoje”, afirmou Lula.
Os dois presidentes se reuniram no Palácio do Planalto para tratar de assuntos estratégicos. Em seguida, foram assinados 20 acordos entre os países. Após a solenidade no Palácio do Planalto, o presidente Lula e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, irão oferecer um almoço ao presidente francês, no Palácio do Itamaraty.