O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta sexta-feira (1), por pouco mais de 1h, com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O encontro, que também contou com a presença do chanceler Mauro Vieira, ocorreu em São Vicente e Granadinas, onde a 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) foi realizada.
Segundo informações divulgadas pelo Itamaraty, os dois presidentes discutiram o contexto econômico, o comércio bilateral, incluindo o pagamento da dívida que a Venezuela possui com o Brasil, além de parcerias entre os dois países para combater o garimpo ilegal nas regiões de fronteira. Os dois presidentes também trataram das eleições presidenciais na Venezuela, que serão realizadas neste ano.
A crise humanitária no território Yanomami, em Roraima, também foi pauta do encontro tendo em vista que os dois líderes discutiram ações para combater o garimpo ilegal que atinge a maior reserva indígena do Brasil. A ação ilegal dos garimpeiros também atinge o território venezuelano.
O presidente Lula evitou tratar com Maduro da disputa territorial pela região de Essequibo, na Guiana. No entendimento de Lula, o tema poderá ser debatido, posteriormente, em fórum mais apropriado. O presidente ressaltou que o Brasil está à disposição para contribuir na promoção e manutenção da paz no continente. A disputa territorial também não foi mencionada por Lula durante reunião, na quinta-feira (29), com o presidente da Guiana, Irfaan Ali.
Segundo o Itamaraty, durante a conversa, o presidente Nicolás Maduro relatou melhorias na economia no país vizinho, com a queda da inflação e o crescimento econômico. A dívida da Venezuela com o Brasil também foi tema do encontro. Os dois presidentes discutiram alternativas para equacionar a questão e ampliar as trocas comerciais entre os dois países.
Maduro garantiu ao presidente Lula que a Venezuela irá realizar eleições presidenciais, no segundo semestre deste ano. O presidente venezuelano disse que firmou um acordo com partidos de oposição na Assembleia Nacional e afirmou que haverá observadores internacionais e auditoria para garantir a lisura do pleito.
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