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Lula confirma troca na cúpula da Abin, após operação da PF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, nesta terça-feira (30), promover a troca do diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A exoneração de Alessandro Moretti foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta terça-feira (30)




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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o nome do cientista político Marco Aurélio Chaves Cepik para o cargo de diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele irá substituir Alessandro Moretti, que teve a exoneração publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta terça-feira (30). Cepik estava no comando da Escola de Inteligência da Abin. A troca na cúpula da agência foi motivada pela operação da Polícia Federal que apura um suposto gabinete paralelo criado na Abin, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Lula já havia sinalizado, publicamente, o descontentamento com Moretti. Ele seria exonerado por Lula, caso fosse comprovado o envolvimento dele no suposto esquema de monitoramento ilegal de autoridades, que é alvo de inquérito da Polícia Federal.

A Polícia Federal apura se o ex-diretor geral da Abin Alexandre Ramagem, que é deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, criou um gabinete paralelo e utilizou um aplicativo, chamado de First Mile, para monitorar políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal, considerados “inimigos” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Polícia Federal apreendeu na segunda-feira (29) dois celulares e um tablet do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), além do celular e um tablet do assessor parlamentar Tércio Arnaud, que trabalha para o ex-presidente Jair Bolsonaro, e estava na residência da família Bolsonaro, em Angra dos reis, durante o cumprimento dos mandados pela Polícia Federal. Tércio e Carlos Bolsonaro são investigados por suposto uso da Abin para monitorar adversários políticos ilegalmente.

A investigação apontou que o núcleo político teria buscado informações sobre a existência de investigações relacionadas ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e Jair Renan, que não exerce cargo público.

Ainda conforme o inquérito, o suposto uso ilegal da Abin ocorreu entre os anos de 2019 e 2021, quando era comandada por Alexandre Ramagem, que foi alvo de busca e apreensão na semana passada. Tanto o deputado Alexandre Ramagem quanto o vereador do Rio Carlos Bolsonaro ainda não foram ouvidos pela Polícia Federal.

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Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.