O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se dispôs, nesta terça-feira (23), a explicar aos líderes das bancadas no Congresso Nacional as razões que levaram ao corte de R$ 5,6 bilhões no valor previsto no orçamento para as emendas de comissão. No mês passado, os parlamentares aprovaram um repasse de R$ 16,6 bilhões para as emendas, segundo consta na Lei Orçamentária Anual (LOA) enviada à presidência da República. Lula decidiu cortar parte do valor, reduzindo-o a R$ 11 bilhões.
“Ontem [segunda-feira, 22], tive que vetar o orçamento. Vetei R$ 5,6 bilhões. Tenho o maior prazer em juntar lideranças, conversar e explicar o porquê do veto”, declarou o petista em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador.
Nessa segunda-feira, Lula sancionou o orçamento após reunião com os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Simone Tebet, do Planejamento, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. O presidente também esteve com o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) e com o relator da LOA na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP). Na ocasião, Padilha detalhou o motivo do veto.
“Por conta de uma coisa boa, que é uma inflação mais baixa com redução nos preços dos alimentos, reduziu o custo de vida para a população, e, assim, autoriza menos recursos para o governo. Então, nós fizemos um corte dos recursos, exatamente porque a inflação foi mais baixa”, pontuou citando que a adequação orçamentária é fruto da redução da inflação.
Em fevereiro, com o retorno das atividades legislativas, a ministra Simone Tebet deve se reunir com o relator e ainda com outros parlamentares para tentar a manutenção do veto, que ainda será submetido à análise do Congresso em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
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