O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse, nesta quinta-feira (18), que lideranças do poder Executivo estadual articulam movimento em prol da mudança da lei federal sobre as
“Precisamos ter critérios para quem puder se beneficiar da saidinha. Parece que ela virou uma prerrogativa que inclui pessoas que acabam oferecendo risco à sociedade”, afirmou, no Palácio da Liberdade, na Região Centro-Sul da capital.
O pleito pelo fim das saidinhas temporárias ou pelo endurecimento das regras que norteiam a concessão do benefício aumentou após a morte do policial militar mineiro Roger Dias da Cunha, baleado na cabeça por um presidiário que estava em liberdade temporária por causa das festas de fim de ano.
Na semana passada, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu o
“Houve outros fatos nos últimos tempos que ensejam uma reflexão profunda da política e da sociedade brasileira em relação à segurança pública, ao sistema penal, à impunidade, ao sistema de cumprimento de penas, ao sistema socioeducativo de menores infratores. É uma reflexão que nós temos que fazer, uma reação para evitar que o Brasil vire um estado de absoluta violência e de criminalidade organizada que toma conta das nossas vidas”, apontou.
Números da ‘saidinha’
Como mostrou a Itatiaia no dia 16, houve diferença nos números da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG)
Segundo o mais recente balanço da situação, divulgado pela PM, dos 3.760 detentos que usufruíram do benefício, 160 não haviam retornado na data prevista. Noventa e seis deles já foram recapturados. Os cálculos apontavam 64 foragidos.
“É uma preocupação nossa essa questão dos foragidos da saidinha. A Polícia Militar tem feito todo um esforço para deter essas pessoas. Tivemos, já, um resultado bastante positivo, mas ainda não conseguimos capturar todos”, lamentou Zema.
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