A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deu posse, nesta quarta-feira (10), a 45 conselheiros tutelares - além de nove suplentes - eleitos na capital mineira. A cerimônia oficial ocorreu no auditório JK, na PBH, o centro da cidade. Representantes da subsecretaria de Direitos da Cidadania e da Assistência Social receberam os eleitos para assinarem o termo de posse. Eles vão receber um salário de cerca de R$ 4.300 mensais e ocuparão o cargo pelos próximos quatro anos.
Os novos conselheiros enfrentaram o vai e vem de uma turbulenta eleição, no ano passado. O
“O Conselho Tutelar é um dos principais órgãos do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente. Eles compõem todo esse sistema e têm como premissa e função zelar garantir os direitos das crianças e adolescente. Ela é fundamental para que a gente proteja as nossas crianças, do município, e as que aqui estiverem”, explica a subsecretária de direitos da Cidadania, Glecenir Vaz Teixeira.
Sônia Maria de Oliveira é uma das conselheiras eleitas e que já ocupou o cargo anteriormente, entre 2007 e 2012. Sem conseguir os votos suficientes no pleito de 1º de outubro, ela teve que correr atrás dos votos necessários para passar na segunda votação.
“Já estive no Conselho Tutelar de 2007 a 2012, fiquei 10 anos fora e, agora, estou retornando. Estou muito feliz, não consegui ser eleita na primeira eleição, mas agora no dia 3 eu consegui ser eleita. Estou na expectativa de fazer um bom trabalho e que tudo seja em favor das crianças e adolescentes da nossa cidade”, espera.
Também foi empossado nesta quarta-feira, o novo conselheiro tutelar Vitor Campos, que assumirá a função na regional do Barreiro.
“Foi um ano muito difícil, é um processo de escolha que demora muito e um processo que, no final, todo mundo sabe que tivemos muitos problemas. Mas graças a Deus deu tudo certo. Agora, estou na expectativa de muito trabalho. Infelizmente, a precarização das políticas públicas dá muito trabalho para o Conselho Tutelar”, afirma.
Campos relatou à reportagem que ficou em quinto lugar no primeiro escrutínio e em quarto lugar na segunda votação e que o processo eleitoral foi desgastante.
“Psicologicamente, financeiramente e fisicamente a gente se desgasta muito. Por que você se prepara para uma eleição, faz um orçamento, busca os apoios que você acredita serem necessários e, depois que você passa por todo aquele desgaste da anulação, você tem que correr atrás de tudo isso, reorganizar o grupo que te ajudou, levantar mais recursos e, fisicamente, você já está esgotado. Infelizmente, a gente teve que passar por isso, mas faz parte e eu acredito que o próximo processo vai ser melhor, mais organizado e na urna eletrônica, que é o futuro. A gente tem que sair desse atraso que é eleição para conselheiro tutelar no formato que é e precisamos modernizar, até porque está mais do que provado que a urna é segura e que os resultados podem ser atestados com toda a segurança”, reconhece.
