O Governo Federal confirmou, nesta segunda-feira (18), que irá adiar por seis meses a exigência da cobrança de vistos para tripulantes, que começaria a valer em janeiro de 2024. A decisão foi tomada após uma reunião que contou com as presenças do chanceler, Mauro Vieira, os ministros do Turismo, Celso Sabino, dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa, além do presidente da Empresa Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo. A exigência da cobrança do visto havia sido anunciada pelo governo para tripulantes de voos internacionais oriundos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália.
A regra se aplicaria aos pilotos, comissários de bordo e mecânicos das companhias aéreas. O visto voltará a ser exigido, a partir de 10 de janeiro de 2024, de turistas estrangeiros dos três países, conforme um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que sustou os efeitos de um decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que concedia a isenção para cidadãos oriundo dos Estados Unidos, Japão, Canadá e Austrália.
Ao retomar a exigência, o governo federal alegou que estava restabelecendo o princípio da reciprocidade e da igualdade de tratamento, uma vez que esses países, com exceção do Japão, continuavam exigindo o visto dos turistas brasileiros.
Os Ministérios das Relações Exteriores, do Turismo, e dos Portos e Aeroportos criaram um grupo de trabalho para analisar o tema. A decisão sobre a exigência dos vistos aos tripulantes será anunciada ao final destes seis meses.