Pacheco repete apelo por união e garante diálogo para renegociação da dívida de Minas junto à União

Ministro Kássio Nunes Marques concedeu, nessa quarta-feira (13) à noite, prorrogação do prazo para pagamento da dívida bilionária que Minas Gerais contraiu com a União

Presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, destacou a importância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Romeu Zema (Novo) para busca por solução para a dívida de Minas Gerais

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), repetiu, nesta quinta-feira (14), o apelo por um pacto para a construção de uma solução para o pagamento da dívida bilionária de Minas Gerais com a União.

Nessa quarta-feira (13) à noite, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kássio Nunes Marques, concedeu uma liminar que prorroga em 120 dias o prazo para quitação do débito.

A decisão é fruto de uma articulação liderada pelo presidente Pacheco, que manteve diálogo com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB-MG), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG).

Pacheco é o autor de uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto pelo governador mineiro Romeu Zema (Novo).

O plano do presidente do Senado Federal prevê a federalização de empresas públicas e a criação de um programa de refinanciamento para que estados e municípios renegociem a dívida contraída junto à União.

“O regime de recuperação fiscal apresentado pelo governo do Estado acaba sendo uma ilusão de empurrar a dívida para frente”, afirmou Pacheco nesta quarta-feira.

“O que nós propomos é uma alternativa para o pagamento das dívidas, sobretudo, sem o sacrifício desmedido dos servidores públicos e dos setores que seriam muito sacrificados com a proposta do Estado”, acrescentou.

Com o prazo de quatro meses concedido pelo ministro da Corte, Pacheco afirmou que novas articulações serão feitas para garantir que Minas Gerais encontre uma solução para quitar a dívida e agradeceu a colaboração do Governo Federal e do próprio Nunes Marques.

“A decisão permite que o estado de Minas e a União possam se sentar e encontrar uma opção sustentável”, indicou. “Com esse prazo nós discutiremos as muitas alternativas que envolvam o pagamento da dívida, e não o adiamento dela para sacrifício do servidor”, completou.

A solução, segundo ele, será construída com ‘todos os agentes políticos que queiram colaborar’. O presidente Rodrigo Pacheco acrescentou ainda que esteve em contato com o governador Romeu Zema e que há um canal para diálogo com ele.

“Evidente que o governador é peça-chave, é quem tem a caneta para assinar um acordo e promover o pagamento. O presidente Lula também é peça-chave, porque é o maior representante da União”, declarou.

Em relação à alternativa apresentada, o senador garantiu que se mantém aberto a acatar propostas de mudanças, por exemplo, em relação à proposta de federalização das companhias públicas para reduzir a dívida.

“Não há intransigência em nenhum dos pontos. Todo mundo que tiver boa intenção para sentar à mesa para resolver um problema político do Estado, sem viés eleitoral, será muito bem-vindo”, concluiu.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.

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