O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (14) que o país precisa de um número maior de ministérios para tratar de mais assuntos. Atualmente, o governo conta com 38 ministérios, o maior número em relação aos mandatos anteriores do presidente Lula. O discurso foi feito em meio à discussão sobre a política econômica do governo. Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou diversas vezes em defesa da responsabilidade fiscal e prevendo o déficit zero das contas públicas para 2024, Lula já defendeu o endividamento do país para ampliar os investimentos para promover o crescimento da economia do Brasil.
Em discurso feito na na 4ª Conferência Nacional de Juventude, em Brasília, o presidente deixou em aberto a possibilidade de ampliar o número de ministérios em seu governo. “Tem pouco ministro, porque é preciso ter mais ministros para cuidar de mais assuntos neste país. Ainda falta construir mais coisas, e a coisa mais barata do mundo é a gente ter ministros envolvidos com o movimento social, para que traga para as reuniões do governo o sentimento das pessoas que vivem na periferia e no interior, e que em muitas vezes, nascem e morrem sem ter a chance de dar um único palpite na vida daqueles que governam o estado que eles moram”, afirmou Lula.
O presidente falou sobre as negociações com o Congresso Nacional para aprovar pautas de interesse do governo. “Nós temos que conversar com pessoas que vocês não gostam, com pessoas que vocês ficam com ojeriza quando vocês veem o Lula na televisão conversando com essas pessoas. Na política, a gente tem que compreender que a gente conversa com quem é eleito, porque é ele que tem voto”, ponderou.
Lula também falou sobre o ataque hacker sofrido pela primeira dama, Janja Lula da Silva. “Sabem o hacker que invadiu a conta da Janja? Um jovem de 17 anos disseminando ódio na internet. Essa meninada que muitas vezes está na internet pregando a violência, abusando de meninas, tentando colocar fotos delas em situações não apropriadas para poder coagi-las. Quando é que vamos deixar de ser algoritmos para ser humanista, solidário e fraterno?”, questionou o presidente.