O número de casos de dengue subiu 19% em 2023 na comparação com 2022. O Ministério da Saúde detalhou, nesta sexta-feira (8) os dados relacionados aos casos e a política de combate ao mosquito vetor de dengue, zika e chikungunya. A pasta também anunciou uma consulta pública para a proposta de incorporação da vacina Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS).
A Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) deu recomendação inicial favorável do imunizante contra dengue para localidades e público prioritário que vão ser definidos, posteriormente, pelo Programa Nacional de Imunizações.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que ainda não é possível definir maiores detalhes sobre como vai ser a distribuição e aplicação da vacina, mas que espera que a pasta possa progredir na estratégia em breve considerando que “o número de doses assinaladas não é suficiente para uma vacinação em massa, nos dá responsabilidade de com dados epidemiológicos, científicos, considerando grupos mais vulneráveis e a faixa dos 4 aos 59 anos”. Atualmente, o imunizante está disponível somente na rede privada para essa mesma faixa etária.
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O número de casos de dengue no Brasil passou de 1,6 milhão este ano, um aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano passado. Dados apresentados pelo Ministério da Saúde mostram que até dezembro de 2022, tinham sido registrados 1,3 milhão de casos. O número de mortes subiu de 999 para 1.053.
Conforme o detalhamento da pasta, atualmente, são 4 sorotipos da dengue circulando no país. Na região Centro-oeste a classificação é de nível epidêmico. No Sudeste há alerta para Minas Gerais e Espírito Santo com potencial epidêmico e maior incidência da doença.Na região Sul, o Paraná tem alto patamar e no Nordeste houve aumento, mas abaixo do limiar epidêmico.
A pasta informou que seis novas cidades vão receber a estratégia de combate à doença que utiliza um mosquito que não transmite dengue para tentar conter a doença, entre elas, Belo Horizonte e Uberlândia. Foi anunciado, ainda, pelo ministério uma Sala Nacional de monitoramento que vai permitir mapear, em tempo real, os locais com maior incidência das três doenças: dengue, zika e chikungunya.