O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu, durante o discurso de abertura da 63ª Cúpula do Mercosul, nesta quinta-feira (7), no Rio de Janeiro, que o acordo com a União Europeia não será fechado durante a presidência brasileira do bloco. O petista afirmou que houve avanços, mas lamentou que ainda não haja conclusão.
“Eu confesso a vocês que eu tinha um sonho de que na minha presidência e na presidência do companheiro Pedro Sánchez, que é o presidente político da União Europeia, a gente pudesse concluir. Inclusive, tinha feito convite para ele vir aqui. Inclusive, convidei também a Ursa Wanderlei para que viesse aqui para a gente fazer, sabe, a conclusão do acordo da forma majestosa que eu achei que poderia ser feita e que eu achava que a gente merecia. Eu achava que a gente merecia. Eu já participei de muitas reuniões e toda vez que eu participe eu nunca saio desanimado. Eu saio com a ideia de que na próxima a gente consegue fazer”, afirmou.
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A expectativa que o acordo fosse fechado ate a Cúpula diminuiu na semana passada, depois que o presidente francês, Emmanuel Macron, disse publicamente, na COP28, em Dubai, que era complemente contra o acordo. A declaração de Macron foi dada durante entrevista coletiva, após reunião bilateral com Lula.
“Acho que nunca antes na história do Mercosul se conversou com tanta gente [...] Conversei, inclusive, lá em Dubai, com a Ursula von der Leyen, conversei com o Macron, fiz um apelo para o Macron, um apelo para ele deixar de ser tão protecionista, porque não é o caso do Macron. Eu já tinha conversado com o Chirac, eu já tinha conversado com o Sarkozy, eu já tinha conversado com o François Hollande, todos eles são protecionistas em se tratando dos produtos agrícolas deles, e não levam em conta que nós temos o direito a participar desse sol, sabe, de um mercado extraordinário que nos ajudaria, mas de qualquer forma não deu certo”, concluiu frustado.