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Haddad projeta crescimento do PIB acima de 3% e cobra BC por redução na taxa de juros

IBGE indicou nesta terça-feira (5) crescimento do PIB do Brasil em 0,1% no terceiro trimestre deste ano

Ministro Fernando Haddad avaliou o resultado do PIB brasileiro, que registrou crescimento de 0,1% no último trimestre

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (5) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer acima de 3% neste ano. A projeção foi feita por ele após a divulgação do resultado do PIB do último trimestre que, contrariando a previsão do mercado, cresceu 0,1%. “O PIB surpreendeu positivamente porque cresceu, e era esperada uma retração”, disse.

Haddad aproveitou a ocasião para cobrar o Banco Central por novos cortes da Selic. O ministro pontuou que o Conselho de Política Monetária (Copom) demorou para dar início às reduções na taxa de juros, que sofreu o primeiro corte apenas em agosto. “Quero alertar para o seguinte: a taxa de juros real no Brasil atingiu seu patamar mais alto em junho. Foi o pior momento da taxa de juros em termos reais. Ou seja, é a taxa descontada a inflação. O corte começou só em agosto. Então, tivemos um PIB positivo, mas, fraco”, declarou. “Agora, com os cortes nas taxas de juros, esperamos fechar o ano em mais de 3% de crescimento, e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% em 2024”, acrescentou.

Liderado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, o Copom decidirá na próxima quarta-feira (13) o rumo da taxa de juros no Brasil. Nove membros integram o grupo, e quatro deles foram indicados pelo governo Lula e devem apoiá-lo no corte da taxa de juros. No início do mês passado, o comitê cortou 0,5 ponto percentual, repetindo o gesto das reuniões anteriores, e indicou em nota que um novo corte idêntico era aguardado para dezembro. Se a tendência se mantiver, a Selic irá a 11,75% neste mês, dois pontos percentuais a menos que em junho.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.