O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) consolidou os dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de todos os 27 estados no ano de 2021. Conforme os números divulgados neste mês, todas unidades federativas apresentaram crescimento da economia no ano que sucedeu os números negativos de 2020, marcados pela recessão causada pela pandemia de covid-19.
Em 2021, a economia de Minas Gerais cresceu 5,7% - após uma queda de 3% no ano anterior - e foi superior à média nacional, de 4,8% no mesmo ano. Segundo o IBGE, o aumento no preço das indústrias extrativas, ou seja, do valor das commodities, principalmente, do minério de ferro, sustentaram o crescimento positivo da economia mineira.
"É possível observar a trajetória ascendente dos preços do minério de ferro ao longo de 2020 e primeiro semestre de 2021, alcançando em julho daquele ano valor 95,8% superior ao da média de 2020. Portanto, mesmo com a queda dos preços internacionais do minério de ferro ao longo do segundo semestre de 2021, a commodity mineral apresentou em 2021 precificação bem acima da observada no ano anterior”, diz publicação da Fundação João Pinheiro (FJP) sobre a economia mineira no período.
A entidade ligada ao Governo de Minas ressalta, ainda, que outros fator decisivo para o aumento da participação do estado na economia brasileira foi o “boom” nos preços de produtos agrícolas.
“Em Minas Gerais, a elevação dos preços das commodities agrícolas, sobretudo das culturas com maior participação no valor bruto de produção na agricultura estadual (como do café arábica, da soja, do milho e da cana-de açúcar), foram determinantes para a abrupta elevação do deflator implícito do valor agregado da agricultura mineira em 2021", diz o estudo.
Minas aumenta participação no PIB nacional
Entre 2020 e 2021, Minas elevou sua participação no “peso” da economia nacional, passando de 9% para 9,5% sua representação no PIB brasileiro. Com isso, Minas se manteve na terceira posição do ranking nacional - atrás de São Paulo, que responde por 30,2% do PIB brasileiro e Rio de Janeiro, com 10,5%.
Confira o ranking dos estados por participação no PIB brasileiro
São Paulo: 30,2%
Rio de Janeiro: 10,5%
Minas Gerais: 9,5%
Rio Grande do Sul: 6,5%
Paraná: 6,1%
Santa Catarina: 4,8%
Bahia: 3,9%
Distrito Federal: 3,2%
Goiás: 3%
Pará: 2,9%
Mato Grosso: 2,6%
Pernambuco: 2,5%
Ceará: 2,2%
Espírito Santo: 2,1%
Mato Grosso do Sul: 1,6%
Amazonas: 1,5%
Maranhão: 1,4%
Rio Grande do Norte: 0,9%
Paraíba: 0,9%
Alagoas: 0,8%
Piauí: 0,7%
Rondônia: 0,6%
Sergipe: 0,6%
Tocantins: 0,6%
Acre: 0,2%
Amapá: 0,2%
Roraima: 0,2%
PIB 2021: todos os estados tiveram resultado positivo
Ainda conforme os dados do IBGE, todos os estados brasileiros tiveram resultado positivo na economia no ano de 2021. O Rio Grande do Sul registrou a maior variação (9,3%), seguido por Tocantins (9,2%) e Roraima, 8,4%. Os piores índices foram verificados nos estados do Centro-Oeste: Mato Grosso (0,2%), Mato Grosso do Sul (0,8%) e Goiás (2,5%).