O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão de quatro homens detidos por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. As decisões, tomadas nesta quarta-feira (22/11), aconteceram dois dias após a morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, no Complexo Penitenciário da Papuda.
Os beneficiados foram: Jaime Junkes, Jairo Costa, Tiago Ferreira e Wellington Firmino. Moraes atendeu a uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que havia recomendado a libertação dos homens entre agosto e outubro.
O grupo deverá usar tornozeleira eletrônica e foi proibido de deixar o país e de usar redes sociais.
No início da tarde, em sessão de julgamento, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, lamentou a morte de Cleriston. Conhecido como “Clezão”, ele sofreu um infarto quando tomava banho de sol.
“Toda perda de vida humana, ainda mais quando se encontra sob custódia do Estado brasileiro, deve ser lamentada com sentimento sincero”, disse o ministro.
Barroso lembrou que o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais decorrentes do 8 de janeiro, determinou a apuração das circunstâncias em que se deu a morte. Na segunda, ele cobrou informações à Papuda, pedindo a inclusão de prontuário e relatório médico dos atendimentos feitos ao preso.