O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a defender os planos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de zerar o déficit fiscal nas contas públicas a partir de 2024. Apesar de considerar a meta como ‘ousada’, Pacheco confirmou que o ministro continuará tendo apoio em sua agenda econômica no Congresso Nacional. “Foi uma meta ousada, mas possível, e sendo possível, nós temos que persegui-la”, disse o senador.
Em entrevista nesta quinta-feira (09), um dia após a
aprovação da PEC da Reforma Tributária, que visa simplificar a cobrança de tributos no país, Pacheco voltou a fazer referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que alegou em outubro que o equilíbrio entre os gastos e a arrecadação do governo
‘dificilmente será alcançado’. “O que nós não podemos fazer é, antes do jogo acabar, assumir a derrota. É perfeitamente possível atingi-la, há um esforço do Congresso Nacional nesse sentido. Nesse sentido também nós damos todo apoio ao ministro Fernando Haddad ao propósito dele, não é fácil ser ministro da Fazenda no Brasil, aliás, é muito difícil, então ele precisa de apoio”, afirmou,
Para que a meta de Haddad seja bem-sucedida, Pacheco apontou que o governo deve se preocupar agora com o corte de gastos, e que isso será prioridade no Congresso Nacional a partir da aprovação da PEC da Reforma Tributária. “Esse apoio do Congresso Nacional é para que ele consiga cortar gastos públicos, ter uma arrecadação que seja sustentável, equilibrar as contas públicas, gerar emprego, gerar fatos tributários, e é muito importante ter o apoio do Congresso Nacional para podermos perseguir essa meta”, definiu.
Em meio a desconfianças, na última terça-feira (7), a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou o relatório preliminar do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. No texto que trata sobre a previsão de gastos e arrecadação da União no próximo ano, encaminhado pelo Governo Federal, o objetivo de zerar o déficit nas contas públicas foi mantido. Os parlamentares que fizeram uma primeira análise no orçamento afirmaram que consideram a meta inalcançável. O tema volta a ser debatido na semana que vem.
Leia mais:
Ministro nega rixa entre Lula e Haddad sobre política econômica e afirma que governo perseguirá déficit zero