O Circuito Cultural da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, pode receber exposições itinerantes do Centro Georges Pompidou, principal complexo de arte moderna da Europa. A hipótese foi debatida neste domingo (5) em Paris, na França. O assunto pautou reunião entre o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), e representantes do museu parisiense.
Simões se reuniu, também, com emissários do Museu do Quai Branly, que se dedica a expor obras não-europeias, feitas por artistas das Américas, da Ásia, da Oceania e da África. Ele apresentou, aos curadores franceses, elementos da arte originária do Vale do Jequitinhonha. A ideia é levar as peças mineiras aos museus de Paris.
O Pompidou vai ficar fechado entre 2025 e 2030 para obras de restauração. A interrupção temporária das mostras no local vai abrir margem para exposições itinerárias do acervo do museu. Nesse contexto, há a possibilidade de que as peças possam ser vistas em BH.
Paralelamente, Gaële de Medeiros, diretora de Desenvolvimento Econômico do Pompidou, e Elisa Vignaud, líder de Projetos de Negócios e Desenvolvimento Internacional, sinalizaram interesse no acervo modernista mineiro. As peças, vistas, por exemplo, na Casa Guignard, podem “visitar” a França no ano que vem, antes do fechamento do museu.
O catálogo do Pompidou tem peças de artistas como Pablo Picasso, Marc Chagall, Joan Miró, Salvador Dali, Piet Mondrian e Andy Warhol.
Jequitinhonha na Europa
No Quain Brainly, que pode receber as instalações típicas do Jequitinhonha, Simões e Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura, mostraram trechos da mostra “Jequitinhonha: Origem e Gesto”, que esteve no Palácio das Artes, em BH.
“Nada mais característico para a população da nossa Minas Gerais que o artesanato do Jequitinhonha. A gente espera que, ao longo dos próximos meses, possamos aprofundar essa conversa e, quem sabe, com o tempo, ter em Paris uma exposição da arte das ceramistas do Jequitinhonha”, projetou o vice-governador.
Na Europa, Mateus Simões e Leônidas cumprem