O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou, nesta segunda-feira (30), que o Brasil criou 211.764 novos postos de trabalho com carteira assinada, em setembro. No período entre janeiro e setembro de 2023, o país acumula saldo positivo de 1,59 milhão de brasileiros com carteira assinada. Os dados são referentes ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. De janeiro a setembro, houve 17,8 milhões admissões e 16,2 milhões desligamentos.
Ainda segundo o Caged, o total de brasileiros trabalhando com carteira assinada saltou para 44 milhões em setembro de 2023, o maior valor já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020). A variação foi de 0,48% em relação ao mês anterior. Nos últimos 12 meses (outubro/2022 a setembro/2023), o acumulado é de 1,4 milhão de empregos, decorrente de 22,8 milhões admissões e de 21,4 milhões desligamentos.
A variação positiva do emprego formal foi alavancada pelo setor de Serviços, que fechou setembro com saldo de 98.206 postos de trabalho abertos, com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que teve um saldo positivo de 41.724. Ainda conforme o Caged, a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, fecharam com saldo de 20.383. Os setores de Alojamento e Alimentação tiveram um saldo positivo de 16.642 postos, especialmente em restaurantes e similares, que geraram 6.885 vagas. Lanchonetes e similares abriram 4.047 postos de trabalho.
O segundo maior gerador de vagas foi o setor de Comércio, com 43.465 postos de trabalho no mês, com destaque para o Comércio Varejista de Mercadorias em Geral. A Indústria veio em seguida, com saldo de 43.214 postos de trabalho, e depois a Construção Civil, com saldo de 20.941 empregos. A Agropecuária foi o setor de menor geração no mês, com saldo positivo de 5.942 postos formais. O resultado da agropecuária foi impactado pela desmobilização no cultivo de café, com perda de 6.704 postos em setembro.
Os dados do Caged mostram também que o salário médio real de admissão em setembro foi de R$ 2.032,07, apresentando estabilidade com variação negativa de R$ 8,07 em comparação com o valor corrigido de agosto (R$ 2.040,14). Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 13,92.