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Super-ricos: Câmara pode votar nesta semana projeto que taxa offshores

Projeto altera cobrança do Imposto de Renda dos fundos exclusivos e de investimento dos super-ricos

Deputados votam projeto que pode taxar offshores nesta semana

Depois de ter sido adiado por duas vezes por falta de acordo político, o projeto de lei que modifica a cobrança do Imposto de Renda dos fundos exclusivos e fundos de investimento dos super-ricos, as offshores, deve ser votado no plenário da Câmara dos Deputados nesta semana.

A matéria tramita em regime de urgência e, atualmente, trava a pauta da Casa. O último adiamento aconteceu devido à ausência do presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), que cumpriu agenda de compromissos na Índia e na China entre os dias 12 e 20.

Na comitiva de Lira estavam outros deputados federais, o que dificultou a formação de um acordo de votação entre os parlamentares.

Na terça-feira (17), o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente em exercício da Câmara na ausência de Lira, adiou a votação pela segunda vez após reunião de líderes.

Houve uma pressão da oposição que ameaçou obstruir a votação caso o texto fosse pautado antes da volta de Lira. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), tentou minimizar o adiamento e disse que o importante era que houvesse consenso em torno do mérito.

No mesmo dia do adiamento, o relator do projeto, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para fechar os últimos ajustes ao texto.

Dois pontos da proposta são considerados mais sensíveis. Um deles é a possibilidade de reduzir a taxação dos fundos offshores para 15%. Pelo relatório inicial, a alíquota varia entre 15% e 22,5%.

O outro ponto é a mudança nos requisitos para a isenção de Imposto de Renda para pessoa física nos rendimentos dos Fundos de Investimento em cadeias Agroindustriais (Fiagros) e dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs).

Pedro Paulo disse que apresentou à Fazenda uma proposta sobre limitação da participação das cotas de familiares até segundo grau nos Fiagros, mas a Receita informou que tem restrições à ideia, devido a dificuldades operacionais.

Atualmente, para se ter a isenção nos rendimentos de FIIs e Fiagros, os fundos precisam ter um mínimo de 50 cotistas. A ideia agora é limitar a até 30% as cotas que familiares de até segundo grau podem deter.

O projeto de lei que trata sobre o fim dos juros sobre capital próprio não foi tema do encontro.

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