O governo brasileiro quer fazer um novo contato com o Egito para fazer avançar a abertura de um ‘corredor humanitário’ pelo território egípcio. A saída dependeria de fatores como um cessar-fogo por parte de Israel que possibilite a passagem das pessoas e a garantia de que não haverá fuga em massa de palestinos para o país vizinho.
De acordo com as informações de integrantes do governo brasileiro, o Egito estaria condicionando a abertura da fronteira à entrega de suprimentos em Gaza e à participação de Israel para impedir o deslocamento de desordenado de pessoas que desejam sair da zona de guerra. A avaliação é de que a permissão do Egito está ligada à sinalização de que haverá suporte para que palestinos, principalmente, tenham condições mínimas de permanecer em Gaza.
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, fez contato com o chanceler do Egito, Sameh Shoukryna, na semana passada, para encontrar uma solução para que o brasileiros em Gaza possam deixar a região, a mais perigosa no conflito.
Nesta terça-feira (17), Mauro Vieira esteve mais uma vez no Palácio da Alvorada para conversar com o presidente Lula. O segundo encontro nesta semana foi para tratar do andamento das negociações no Oriente Médio e no Conselho de Segurança da ONU.
NEGOCIAÇÕES
Vário países, entre eles o Brasil, tentam negociar um acordo para a abertura da passagem no Egito para retirada de pessoas da zona de guerra. O país africano fechou os portões desde o início do conflito. Entre as pessoas que esperam em Rafah e Khan Yunis para cruzar a fronteira estão 32 brasileiros que desejam ser repatriados.
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, afirmou à CNN que a travessia dos brasileiros, assim como de outros estrangeiros, depende de Israel, e que seria preciso pressionar o Estado para essa liberação.