Com um déficit projetado de mais de R$ 180 milhões para os cofres da Prefeitura de Belo Horizonte em 2024, o prefeito Fuad Noman (PSD) garante que as contas públicas do município não estão fora do padrão. A resposta foi dada após um questionamento da Itatiaia sobre o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias que vai começar a ser discutido nesta quarta-feira (18), na Câmara Municipal, e prevê um rombo nas contas do Executivo em 2024.
Em entrevista à Itatiaia, o Secretário de Planejamento do Município, André Reis, atribuiu o aumento das despesas ao aumento de gastos com pessoal, sobretudo no impacto de novos servidores aprovados em concursos públicos e correções naturais da folha de pagamento - que, no ano que vem, vai ficar 10% mais cara. Esse
Um dos impactos é a ampliação de 500 novos guardas municipais que serão incorporados aos quadros da prefeitura. Fuad disse que algumas áreas exigiram investimentos por parte do executivo.
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“O pessoal contratado está absolutamente dentro do padrão. O problema é que nós temos uma série de gastos muito altos na saúde e em outras áreas. Tivemos, agora, a complementação das passagens dos ônibus, que não estavam previstos, ou seja, nada fora do padrão. Normalmente, a prefeitura sempre vem com superávit todos os anos, o fato de ter esse déficit apresentado no Orçamento é que, hoje, nossa previsão de receitas é menor do que a estimativa das despesas, mas não quer dizer que vai acontecer assim durante o ano”, explica o prefeito.
Fuad ressaltou que o Executivo está adotando estratégias para aumentar as receitas do município e reequilibrar as contas.
“Vamos buscar novas receitas. Estamos com um Projeto de Lei na Câmara para fazer um Refis - para quem tem IPTU atrasado regularizar a sua situação. Tem uma série de ações, cortes de gastos de despesas que a gente estima mas que não vão se realizar e, com certeza, vamos chegar no final do ano com superávit ou, pelo menos, empatados em 0 a 0", garante.
Na Lei de Diretrizes Orçamentárias, a PBH prevê receitas de R$ 19,6 bilhões e despesas de R$ 19,8 bilhões, o que irá gerar o déficit de mais de R$ 180 milhões.