O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, vai se reunir no início da tarde desta sexta-feira (6) com o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, no Palácio Guanabara, sede do governo do estado. Ao final do encontro, marcado para às 12h30, Cappelli e Castro irão conceder uma entrevista coletiva para dar detalhes da investigação do assassinato dos três médicos na Barra da Tijuca, bairro nobre da Zona Oeste da capital fluminense.
Ricardo Cappelli, que foi interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, em janeiro, após os atos golpistas, foi enviado na quinta-feira (5) ao Rio de Janeiro, por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para acompanhar as diligências e a atuação da Polícia Federal (PF) no caso. Dino determinou abertura de inquérito pela PF pelo fato de um dos mortos, o médico Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, ser irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Pelas redes sociais, Ricardo Cappelli afirmou que a Polícia Federal está colaborando com a Polícia do Rio de Janeiro com informações de inteligência.
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) agradeceu as mensagens de solidariedade, e cobrou rapidez e seriedade nas investigações. Sâmia descreveu o irmão como um homem incrível, carinhoso, alegre e orgulho da família. A deputada concluiu dizendo que todos da família estão destroçados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que recebeu com tristeza e indignação a notícia das mortes de três médicos no Rio de Janeiro, e ressaltou que a Polícia Federal vai investigar o caso. A primeira-dama, Janja da Silva, lamentou as mortes, e disse que a Polícia deve investigar a autoria e as causas do crime, para elucidar se há relação política.
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou a morte de três médicos no Rio de Janeiro como algo de uma violência extrema, e garantiu que o Congresso Nacional vai acompanhar de perto os desdobramentos da investigação. Pacheco ressaltou que o fato de uma das vítimas ser irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) reforça a necessidade de uma apuração meticulosa a fim de descobrir a motivação dos assassinatos.