A CPMI dos Atos Antidemocráticos entrou no último mês de atividades, com a previsão de ouvir os depoimentos de empresários, suspeitos de financiar os atos golpistas, integrantes das forças de Segurança, que atuaram no dia 8 de janeiro, além de membros das Forças Armadas, que teriam planejado um golpe. Na próxima terça-feira (3), a CPMI pretende ouvir o empresário Argino Bedin, que é suspeito de financiar os atos golpistas. O empresário, conhecido no Mato Grosso como “pai da soja”, teve as contas bloqueadas, em decisão proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na próxima quinta-feira (5), o colegiado pretende ouvir o subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal Beroaldo José de Freitas Júnior, que atuou para retirar os vândalos que atacaram o prédio do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro. A previsão é a de que o relatório seja apresentado no dia 17 de outubro. Até lá, a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pretende ouvir os últimos comandantes militares da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os comandantes das Forças Armadas teriam sido citados na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, sobre uma suposta reunião, que teria ocorrido no dia 24 de novembro, com o então presidente Jair Bolsonaro, para planejar uma ação golpista. A delação de Cid foi homologada pelo STF. Antes da conclusão dos trabalhos, a CPMI pretende convocar, novamente, o tenente-coronel Mauro Cid, que chegou a comparecer ao colegiado, em julho, mas optou por ficar em silêncio.